Melani Klein
Melanie Klein, psicanalista nascida na Áustria, iniciou seus estudos através do incentivo de seu então analista, Karl Abraham, um importante seguidor de Sigmund Freud. Este autor merece um destaque devido a sua contribuição no desenvolvimento de uma teoria psicanalítica que destacava a agressividade como algo de importância primordial durante os primeiros meses de desenvolvimento da criança, o que pode ser considerado o ponto de partida da teorização kleiniana.
Esta autora, é considerada uma das principais representantes da segunda geração psicanalítica mundial, já que transformou o freudismo clássico, criando uma nova forma de análise, a análise de crianças. Partindo do âmbito fisiológico da teoria freudiana, Klein aprofundou-se na dimensão psicológica, com intuito de estudar a mente das crianças de tenra idade, suas fantasias, medos, angústias, etc. Sua primeira tarefa foi desenvolver uma técnica de análise que viabilizasse o acesso ao inconsciente da criança, já que não é esperado que uma criança pequena colabore com a técnica da associação livre (Money-Kyrle, 1980). Ela desenvolveu então a análise através da brincadeira. Por meio da atividade lúdica, a autora interpretava as fantasias, as angústias, e outras manifestações do inconsciente da criança, as quais eram expressas de maneira simbólica. Klein diverge do pai da psicanálise em relação à importância crucial que este atribui à sexualidade, na medida em que ela coloca a agressividade, inata na criança, como central em sua teoria, ao invés da vida sexual (Jorge, 2007). Pode-se concluir que esta autora ampliou o freudismo ao estudar estes sentimentos inatos, presentes nas relações do neonato com sua mãe; bem como ao aprofundar-se nos fenômenos psicóticos, já que estes foram abordados por Freud de maneira escassa. Ela produziu uma teoria nova na psicanálise, a qual estuda minuciosamente, de maneira integrada, todos os fenômenos psíquicos desde o nascimento até a morte. A autora aumentou o