crime do padre amaro
Título “O crime do Padre Amaro”
Autor Eça de Queirós
Apreciações para textuais :
*Autor – José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, em 1845. Filho dum magistrado, também ele estudou Leis em Coimbra. Estreia-se nas letras quase no fim do curso, em folhetins intitulados «Notas marginais», publicados na Gazeta de Portugal e que foram muito mal recebidos pelo público, pouco habituado ao género literário do tipo francês, cuja influencia o autor denotava.
Estes folhetins viriam postumamente a ser reunidos em Prosas Bárbaras. De Coimbra veio para Lisboa, onde ainda exerce por uns tempos a advocacia. Aceita entretanto o cargo de redactor do bissemanário Distrito de Évora, mas acaba por se radicar definitivamente na capital, agregando-se ao Cenáculo, e, sob influência de Antero.
Regressado de uma viagem ao Oriente, onde foi assistir à inauguração do canal do Suez, redige as impressões de viagem, que virão a ser coligidas com o título O Egipto. A sua primeira tentativa de tipo ficcionista, O Mistério da Estrada de Sintra, é feita em colaboração com Ramalho e é um tipo de folhetim policial. Da mesma época data o início de As Farpas, também em colaboração com Ramalho, e a sua conferência do Casino sob o título “o Realismo como nova expressão de arte”. É nomeado administrador do concelho de Leiria, onde situa a acção do seu romance O Crime do Padre Amaro.
No entanto, concorre à diplomacia, o que o leva a um lugar de cônsul em Havana(1872), depois a Inglaterra(1874),onde escreve O Primo Basílio (a sua primeira obra editada em volume), e finalmente em Paris (1889). Aí fixa-se definitivamente e afasta-se do meio português. Como observador do mundo, vai mandando jornais portugueses e brasileiros crónicas sociais e políticas, intituladas «Cartas de Londres», «Cartas de Inglaterra», «Bilhetes de Paris»,«Cartas Familiares» e «Ecos de Paris» .
Devolvendo a par duma equilibrada carreira