Cidade Antiga
Historiador francês, Fustel de Coulanges nasceu em Paris a 18 de Março de 1930 e morreu em Massy a 12 de Setembro de 1889. Em 1850 matriculou-se na École Normale Supérieure de Paris, transferindo-se em 1853 para a Escola francesa de Atenas. Entre 1853 e 1858, esteve ocupado em estudos e pesquisas arqueológicas na ilha de Quio. Em 1858, doutorou-se, defendendo a tese Polybe ou La Grèce conquise par lês romaim (Políbio ou a Grécia conquistada pelos romanos), e em 1860 foi nomeado professor de história na faculdade de letras de Strasbourg, onde permaneceu até 1870. Lecionou a seguir na faculdade de letras de paris e em 1878 assumiu a cadeira de história medieval na Sorbonne. Seu último cargo importante foi o de diretor da École Normale Supérieure, a partir de 1880.
Contudo, o trabalho que o consagrou foi La cite antique (1864; A cidade antiga), em que estuda a evolução política e social das antigas Grécia e Roma. Nesta obra o historiador dá singular destaque às crenças religiosas e seu papel ímpar como causa de um processo evolutivo ocorrido tanto em Roma quanto na Grécia. Seguindo o método cartesiano, e baseado em textos de historiadores e poetas antigos, o autor investiga as origens mais afastadas das instituições das sociedades grega e romana. Logo no prefácio da obra, tem-se a advertência do erro que constitui analisar os costumes de povos anteriores com os parâmetros atuais, sendo necessário despir-se de preconceitos a respeito desses povos e estudá-los à luz dos fatos.
2. Resumo
Capítulo I: A Fratria e a Cúria. A tribo
Cada família tinha seus deuses, o homem não concebia nem adorava senão uma divindade domestica. A religião doméstica proibia que duas famílias se unissem e confundirem-se. Mas era possível que várias famílias se unissem para celebração de um culto que lhes fosse comum, daí surgi a fatria na língua grega e cúria na latina.
Toda fratria e cúria possuíam seu altar e seus deuses protetores, culto