Charles Boxer
Como major no Exército, aposentou-se em 1947, quando o King's College, em Londres, lhe ofereceu sua Cadeira Camões de Português, cargo que deteve por vinte anos até 1967. Em tal período, a Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres o nomeou seu primeiro Professor de História do Extremo Oriente, servindo no cargo por dois anos, de 1951 a 1953. faleceu em Londres no dia 27 de Abril de 2000
Aposentando-se em 1967 da Universidade de Londres. Escreveu, entre outros livros, Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola 1602-1686, Relações raciais no império colonial português e A mulher na expansão ultramarina ibérica. Morreu em 2000.
Charles Boxer daria uma biografia fascinante. Nascido em 1904, de uma família abastada de militares ingleses, passou os 23 anos de sua carreira no exército na parte oriental do Império Britânico. Poliglota, elegante e sedutor, foi espeião e preisioneiro de guerra dos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Mas não é como personagem que ele interessa ao mundo dos livros. Boxer é um dos mais respeitados historiadores da aventura colonial portuguesa. O Império Marítimo Português – 1415–1825, que agora ganha tradução brasileira, é uma indispensável obra de conjunto para quem quiser entender a história de Portugal e, claro, a do Brasil.
Boxer encantou-se pelo Oriente muito jovem. Antes de entrar para o Exército já era fluente em japonês. Por causa disso foi enviado à Ásia. Circulando entre a China, o Japão e as ilhas que hoje compõem a Indonésia, viu as marcas daquilo que iria se tornar seu principal objeto de estudos: a disputa entre portugueses e holandeses por rotas comerciais marítimas no mundo do século XV ao XIX. Seus mais de 350 trabalhos publicados incluem traduções de documentos e crônicas portugueses, holandeses e