Cardiomiopatia
A designação cardiomiopatia alcoólica tem sido amplamente utilizada há algumas décadas para a disfunção cardíaca presente em doentes com histórico de uso prolongado e excessivo de álcool. Tal consumo excessivo pode estar associado à insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, acidentes cerebrovasculares, arritmias e morte súbita. A Lesão ao miocárdio se dá, em geral, por três mecanismos: Efeito tóxico direto do álcool, efeitos nutricionais e efeitos tóxicos relacionados a aditivos. O desenvolvimento de disfunção cardíaca nesse caso é provavelmente multifatorial, com possível predisposição genética por parte de alguns pacientes. Ocorre comumente em homens entre 30 e 55 anos de idade, sendo possível a demonstração de graus leves de disfunção cardíaca em etilistas crônicos. Não está cientificamente estabelecida a quantidade de álcool ou o tempo de consumo necessários ao desenvolvimento de cardiomiopatia dilatada, sendo isso também relacionado ao grau de suscetibilidade do consumidor. O desenvolvimento dos sintomas pode ser insidioso, embora alguns pacientes apresentem um quadro agudo de ICC, fibrilação atrial, disfunção ventricular, dispnéia e ortopnéia. A ecocardiografia é o principal método diagnóstico associada à anamnese do paciente. O exame ecocardiográfico pode indicar dilatação ventricular esquerda, com aumento das dimensões telediastólica e telessistólica, traduzindo má função sistólica, e, com frequência, há dilatação da aurícula esquerda. O prognóstico dos pacientes com cardiomiopatia alcoólica depende muito da capacidade de cada paciente para cessar o consumo de álcool completamente. A terapêutica é idêntica a convencional para outras formas de insuficiência cardíaca. O alcoolismo é uma doença crônica cada vez mais prevalente na sociedade atual e, dados os resultados dos estudos analisados, é evidente a sua relação com patologias cardíacas. Dessa forma, torna-se de grande importância um conhecimento mais aprofundado sobre