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DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO NA ORDEM “SOCIOMETABÓLICA” DO CAPITAL – UMA ANÁLISE NECESSÁRIA PARA A EMANCIPAÇÃO DAS MULHERES

A emancipação das mulheres exige uma ordem social qualitativamente diferente.
Mészáros

A divisão sexual do trabalho é uma das formas centrais para a exploração do capital sobre o trabalho. O acesso das mulheres às profissões adequadas ao sexo feminino, todavia, não se desenvolve naturalmente.
A divisão sexual do trabalho resulta de um sistema patriarcal capitalista que por meio da divisão sexual do trabalho confere às mulheres um baixo prestígio e as submete aos trabalhos mais precarizados e desvalorizados.
Isso significa que o serviço uma essência feminina devido à ideologia patriarcal que se expressa pela educação sexista. A educação sexista não educa homens e mulheres apenas de forma diferente.
É preciso entender a divisão sexual do trabalho na sociedade capitalista.

Divisão sexual do trabalho – uma superexploração capitalista

Essa exploração não se dá de forma diferente e, sim, acentuada com relação à exploração do homem.
Segundo Engels (1979), a primeira divisão do trabalho foi a existente entre a mulher e o homem para a procriação.
Portanto, a divisão sexual do trabalho é indispensável e concomitantemente da opressão e exploração das mulheres.
Essa desomogeneização vem no sentido de analisar as condições concretas das situações de trabalho das mulheres.
Partindo dessas considerações, as análises de gênero não devem descrever as classificações/categorizações (ser homem, ser mulher), mas identificar como os significados atribuídos a essas interferem e contribuem na construção do mundo do trabalho. Na esfera privada, pela utilização/responsabilização da mulher pela garantia da reprodução social, o que possibilita a produção social ser realizada com um custo menor; na esfera pública pela desvalorização, subordinação, exploração intensificada (por exemplo, baixos salários) e desprestígios presentes no mundo produtivo.