Aprendizagem motora
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INTRODUÇÃO
Aprendizagem Motora refere-se a mudanças internas na capacidade de executar habilidades motoras, sendo tais mudanças no sentido de execuções cada vez mais eficientes, relativamente permanentes e resultado de prática e experiência
(MAGILL, 2000; SCHMIDT, 1988; SCHMIDT & LEE, 1999). Trata-se de um comportamento aprendido, sob a influência de diversos fatores tais como: o tipo de meta estabelecida, a instrução, a demonstração, o feedback, a característica da tarefa a ser aprendida e a prática. Esses últimos foram focalizados no presente trabalho. No que se refere à prática, várias formas de estruturá-la têm sido focalizadas nos estudos em Aprendizagem Motora como, por exemplo, aquelas relativas à sua variabilidade. Nesse sentido, as principais estruturas são a constante, a variada aleatória e a variada por blocos. A prática constante é aquela na qual há a execução de uma mesma tarefa do início ao final das tentativas. A prática variada aleatória é aquela com alto grau de variabilidade, pois diferentes tarefas são praticadas de forma aleatória em um mesmo bloco de tentativas. E, a prática por blocos é aquela com grau intermediário de variabilidade. Nela, a variabilidade é de bloco para bloco de tentativas.
Os efeitos de diferentes estruturas de prática na aprendizagem de habilidades motoras têm sido investigados em três principais abordagens de pesquisa: teoria de esquema (SCHMIDT, 1975), princípio de interferência contextual
(SHEA & MORGAN, 1979) e processo adaptativo (CORRÊA & TANI, 2005).
Os estudos relacionados à teoria de esquema têm manipulado as estruturas de prática constante e variada aleatória. Já os estudos relacionados ao princípio da interferência contextual têm manipulado, principalmente, as estruturas de prática variada por blocos e variada aleatória. Embora em ambas as abordagens de pesquisa as premissas apontem para melhor aprendizagem via prática variada aleatória, em comparação com as práticas