Apologia da história ou o ofício do historiador

As respostas são baseadas nos textos Marc Bloch – Apologia da História.
1. “Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não pensa apenas no ‘humano’. (BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 55.) Defina o conceito de história para Marc Bloch.
Marc Bloch foi um renomado historiador francês, judeu, e considerado o maior estudioso da história da idade média (sociedade feudal). Juntamente com Lucien Febvre é um dos fundadores da Escola dos Annales e um dos maiores historiadores do século XX. Foi um homem que com seus trabalhos trouxe novas perspectivas e importantes inovações para o pensamento histórico. Uma de suas ideias que ficou marcada foi a nova concepção de história. Marc Bloch rompeu com a forma tradicional de construção da história defendida até então, que dava grande importância a datas, nomes, e incitou a reflexão sobre a relação homem, sociedade e tempo.
Segundo Bloch (2002), história é uma ciência cujos objetos são os homens, sua produção e suas relações sociais, políticas, econômicas e culturais em um determinado espaço de tempo. História é a ciência dos homens no tempo. Ao contrário do que se pensava nas origens da historiografia, não é a ciência do passado, onde se “narravam, desordenadamente acontecimentos cujo único elo era terem se produzido mais ou menos no mesmo momento” (BLOCH, 2002, p.52). O passado não é palpável e nem é específico a apenas uma ciência (é objeto também da geologia, da geografia, da química, etc.). Além disso, o homem e suas ações devem ser o principal elemento, mas não o único. Um historiador precisa pensar também no tempo como algo contínuo e em constante mudança. O tempo para Bloch é o lugar onde tudo acontece, onde os homens fizeram e estão fazendo a história. Um historiador é definitivamente, influenciado pelo seu tempo, ou seja, pela sociedade em que vive, sendo impossível ser imparcial com a