Apologia da história ou o ofício do historiador
Marc Bloch. Apologia da História ou o oficio do Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. [Capítulo 1: A História, os Homens e o Tempo; p. 51-68]
Biografia Filho de um professor de história antiga, Gustave Bloch, estudou na École Normale, na Fundação Dosne-Thiers em Paris, em Berlim e em Leipzig. Participou da Primeira Guerra Mundial na arma de infantaria, tendo sido ferido e vindo a receber uma condecoração militar por mérito. Após a guerra ingressou na Universidade de Estrasburgo, instituição onde conheceu e conviveu com Lucien Febvre com quem fundou, em 1929, a "Revue des Annales". Ali, em 1936, sucedeu a Henri Hauser na cadeira de história económica. A revista e o seu conteúdo conheceram sucesso mundial, dando origem à chamada "Escola dos Annales", cuja linha de estudos por sua vez influenciou as chamadas "Nova História" e "História das mentalidades". Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, diante da ocupação nazista da França, Bloch militou na resistência francesa. Detido e torturado pela Gestapo, foi fuzilado em 16 de junho de 1944.
Obra Considerado o maior medievalista de todos os tempos, e na opinião de muitos, o maior historiador do século XX. Os seus trabalhos e pesquisas abriram novos horizontes nos estudos sobre o feudalismo. Foi um dos grandes responsáveis pelas inovações do pensamento histórico. Defendia o abandono de seqüências pouco úteis de nomes e datas e uma maior reflexão na construção da História como um todo entre o Homem, a Sociedade e o Tempo. Tornou-se célebre a sua frase "O que é a História? É a ciência dos Homens no tempo.". A sua última obra, "Derrota Estranha", foi uma avaliação da derrota francesa a partir da invasão alemã. Na fase final da vida escreveu "Apologia da História", que deixou inacabada devido à sua morte.
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