Análise do livro "Na Senzala, Uma Flor" - Robert Slenes
“Nos cubículos dos negros, jamais vi uma flor: é que lá não existem nem esperanças nem recordações” – RIBEYROLLES, Charles.
1 - Trajetória Robert Wayne Andrew Slenes, o responsável pela obra de “Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava (1999), possui graduação em Liberal Arts– Oberlim College (1965), mestre em literatura espanhola e hispano-americana – University Of Wisconsin – Madson (1966) e doutorado em historia- Stanford University (1976), pós-doutorado pela mesma e pós-doutorado pela Duke University. Atualmente é professor na Universidade Estadual de Campinas. Suas experiências ligadas a área de historia são as de, historia social do Brasil e da África, abordando como pesquisador os seguintes temas: demografia da escravidão, família escrava, cultura centro-africana, identidade escrava, iconografia de escravidão, Brasil Império. Formado em literatura, Robert Slenes afirma ser desde o inicio interessado em historia da arte, onde somente no doutorado afirma-se no campo da historia fazendo uma tese de cunho demográfico-economico. Uma das mudanças no foco de estudo dele foi quando veio para o Brasil, a procura de novas fontes apara a sua tese, e seu principal ponto de estudo era a “mentalidade” dos senhores- as diferenças entre os fazendeiros do oeste paulista e seus congêneres fluminenses, ao analisar todas as fontes ele se depara com documentos que seriam as matriculas dos escravos, estes documentos despertam o seu interesse para as analises sócias, colocando agora como foco principal para os seus estudos os escravos. Considerava-se um cientista social, acreditava que os estudos quantitativos ofereceriam mais oportunidades de ir além da documentação, que seriam estudos mais qualitativos. Terminado sua tese Robert Slenes percebe que os métodos e fontes