Henry Koster
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
Trabalho Final de História do Brasil Independente
Henry Koster
Eric Massoni
Henry Koster: Escravidão
A ascensão e difusão das publicações de viajantes constituem-se um fenômeno a parte que, com a popularização da imprensa na Europa, iniciada pela chamada Revolução de Gutemberg no século XV e, logo em seguida caracterizada pela percepção indicada por Montaigne no século XVI procedida pela obra “Emílio”, de Rousseau no século XVIII, ambas caracterizando a viagem como método pedagógico e princípio de educativo 1, permitiu uma consolidação dessas aventuras como um meio de distinção social e aprimoramento intelectual.
No século XIX, as viagens, sobretudo às direcionadas ao Brasil, constituem-se em registros e documentos de importância demasiada e muitas vezes única fonte de certos dados para a reconstituição da história. Muitos autores, como Robert W. Slenes, tem apontado as dificuldades e os paradigmas que foram e são construídos com uma má interpretação desses documentos. A literalidade deles é prejudicial, pois sua fonte, os viajantes, também estão atrelados à sua respectiva formação e posição social e a contextualidade de sua nação de origem dentro do quadro mundial.
Henry Koster, também conhecido como Henrique da Costa nasceu em
Portugal, no ano de 1793 e morreu em Recife, em 1820. Pouco se sabe sobre sua biografia, contudo, Koster, conforme Luis da Câmara Cascudo, ele era filho de pais ingleses, e possivelmente pertencera a uma família de negociantes.
Muito cedo fora morar na Inglaterra, pois conforme uma afirmação dele, através de Cascudo, sobre o idioma português “with witch, although I was acquainted, still I had not since early youth been in a country where it was generally spoken”. Sofria de tuberculose e, justamente por esse motivo, recomendaram que deixasse Inglaterra em busca de um clima mais propenso para a cura e como Portugal e a Espanha