Resumo: KOSTER, Henry. Viagem ao Nordeste do Brasil.
Autor: Fernando Joaquim da Silva Junior
KOSTER, Henry. Viagem ao Nordeste do Brasil. Recife: Secretaria da Educação e cultura, 1978.
a) Descrição das formas de habitação e abrigo
Ao descrever as formas de habitação e abrigo, Henry Koster diz que o Sertanejo tem sempre com ele a mulher e os filhos, vivendo em comparativo conforto. Descreve as casas como pequenas e diz que são construídas com barro e bastante abrigados para o clima, e cobertos com telhas quando podem adquirir, ou geralmente com folhas de carnaúbas. Koster descreve os abrigos internamente desta forma: “As vezes usualmente tomam o lugar dos leitos, sendo mais confortáveis e mais frequentemente utilizadas como cadeiras. Algumas residências têm mesa mas o uso comum é a família acorar-se derredor de uma esteira, com as tigelas, cabaços e travessas no centro, e aí comer sua refeição, sobre o solo. Facas e garfos não são muitos conhecidos e, nas classes pobres, nenhum uso possuem. É um costume em todas as casas, das altas às baixas ordens sociais, desde muito tempo e praticado em toda parte que visitei, levar-se, em bacia de prata ou de barro e mesmo numa cuia, com toalha de cambraia franjada ou pedaço de tecido de algodão feito no país, para lavar as mãos depois que os convivas se assentam para comer.” (KOSTER, pg. 159). Ele também descreve também como são as cabaças e o seu uso no dia a dia do Sertanejo.
b) Vias e meio de transporte
As vias mais usados são por terra ou por rio. Por terra costuma-se usar cavalos para o próprio transporte e para levar as cargas e por rio, quando não em época de cheia dava pra se atravessar nadando ou por por balsa, como o próprio Koster fez uso. Ele disse que os sertanejos se servem, para atravessar os rios, de um curioso aparelho formado de três peças de madeira, sobre o qual se colocam e remam eles mesmos até a margem oposta. Koster não chegou a ver esse aparelho, mas diz que ouviu falar sobre a denominação de Cavalete.