Aspectos histórico-ecológicos do horto d’el rey de olinda, pernambuco
ASPECTOS HISTÓRICO-ECOLÓGICOS DO HORTO D’EL REY DE OLINDA, PERNAMBUCO
Jefferson Rodrigues Milena Dutra Priscilla Albuquerque Silvana Dias Discentes do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRPE Argus Vasconcelos de Almeida Professor Adjunto do Departamento de Biologia – UFRPE e-mail: argus@ufrpe.br
Resumo
Este trabalho tem como objetivo apresentar um levantamento histórico e uma análise da situação atual do sítio dos Manguinhos, onde funcionou no século XIX o Horto Botânico de Olinda. Destacando-se em sua fundação o papel do naturalista Manuel Arruda da Câmara. Durante seus 43 anos de existência, o Horto teve como função principal aclimatar e distribuir plantas de interesse econômico de Pernambuco e demais províncias do Nordeste. Ele atingiu uma rápida e expressiva importância no cenário econômico nordestino, ganhando destaque por seu constante intercâmbio com importantes instituições estrangeiras e nacionais, como o Jardim Botânico de Paris e do Rio de Janeiro. Devido a tradicional rivalidade municipal entre Recife e Olinda, o Horto rapidamente entrou em decadência, pelo proposital descaso dos poderes públicos, sendo vendido em hasta pública em 1854. Hoje é uma propriedade particular, onde quase nada resta, do ponto de vista botânico e paisagístico, que testemunhe a existência do antigo Horto.
Palavras-chave
História da Botânica, Horto d’El Rey, Arruda da Câmara, Olinda.
1. Introdução
Os jardins sempre foram motivos de admiração e respeito dos seres humanos. A possibilidade de reproduzir a natureza, transplantando vegetais para um espaço privado fascina, encanta e desperta a imaginação das pessoas