A História Demográfia de Fortaleza(CE)

A história demográfica de Fortaleza inicia-se muitos anos antes da chegada dos europeus à América, tendo como personagens diversos povos indígenas. No início do período colonial, século XVI, a região era habitada por povos de língua Tupi, sendo o principal deles o grupo dos Potiguaras. Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, dois navegadores espanhóis passaram pelo litoral de Fortaleza, Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe, não podendo lá estabelecer-se devido ao Tratado de Tordesilhas. Foi só no início do século seguinte, XVII, que os portugueses iniciaram a colonização da região, com a fundação do forte de São Tiago na foz do rio Ceará, por Pero Coelho de Sousa. No entanto uma grande seca em 1605 frustrou a iniciativa, postergando o assentamento dos moradores por aproximadamente 8 anos, já que em 1613 Martim Soares Moreno, um dos poucos sobreviventes da bandeira de Pero Coelho, desembarcou no Ceará e reergueu o forte, rebatizando-o como Fortim de São Sebastião.
Em 1631, numa ação organizada junto aos índios Potiguaras, os Holandeses tentaram em vão tomar o forte de São Sebastião, sendo frustrados pelos portugueses. Foi só em 1637 que os holandeses conseguiram sobrepujar as forças portuguesas e dominar a região. Em 1644 o forte foi destruído por indígenas, e os holandeses foram mortos ou expulsos depois da destruição, regressando em 1649 com a concordância dos índios. Nessa segunda ocupação holandesa, o comandante Matias Beck ordena a construção de um forte às margens do rio Pajeú, chamando-o Forte Schoonenborch. Definitivamente expulsos os holandeses em 1654, este forte é rebatizado para Forte de Nossa Senhora da Assunção. O povoado que se formou nos entornos do forte foi elevado à condição de vila no ano de 1726, sendo a vila escolhida como capital da Capitania do Ceará, quando da separação desta da Capitania de Pernambuco em 1799.
Foram realizados alguns censos e estimativas demográficas na cidade durante o período colonial. A primeira estimativa de