Antropologia
Resumo do Texto
No capítulo II, o autor apresenta como a bruxaria constrói uma filosofia natural aos Azande entre relação do homem e o infortúnio. A bruxaria está presente em todas as atividades da tribo e com influência na lei, religião, na moral e nos bons costumes. O Autor relata que para os Azande a bruxaria nada mais é do que um fato natural para sua cultura, ou seja, é com agressividade e raiva que eles falam dela, diferentemente da nossa sociedade que enxerga a bruxaria com uma certa estranheza sobrenatural e temor. No decorrer do texto o autor apresenta diversas situações onde as pessoas da tribo usam como argumento a bruxaria, quando na verdade para a nossa cultura, nada mais é do que um mero acidente. No entanto, existe toda uma lógica para que a bruxaria seja de fato um agente dos infortúnios. Um dos exemplos dados pelo autor é sobre um Azande que foi inspecionar suas cervejas à noite e a cabana de fermentação acabou pegando fogo, porém, ele atribuiu a bruxaria a um caso particular já que a maioria dos Azande inspeciona suas cervejas à noite com um punhado de palha para iluminar o local. Portanto, seria um equívoco dizer que os Azande acreditam que a bruxaria é a única causa dos fenômenos. Ao seguir a leitura do texto, o autor compara o ponto de vista da nossa cultura com a dos Azande, em que ele explica que para nós a única relação entre dois fatos independentemente causados é a sua coincidência no espaço – temporal. A filosofia zande seria um elo dessa relação através da bruxaria, ou seja, se as duas causas acontecem ao mesmo tempo isso seria explicado pela bruxaria, segundo os Azande. O autor explica que um zande não seria capaz de analisar sua própria filosofia do modo em que o mesmo fez, porém, destaca que um zande tem a mesma percepção que a nossa de como os eventos acontecem. Os Azande não negligenciam as causas secundárias, da