Antropologia
Antropologia física
Surge vinculada aos estudos físio-biológicos do século XVIII e XIX, visando compreender o processo de evolução pelo qual se originaram os humanos modernos, com ênfase nos aspectos biológicos e físicos referentes a este processo. Sua metodologia se centraliza na comparação fóssil-residual além do estudo comparativo de diferentes "tipos humanos".
Objetiva compreender a adaptabilidade e variabilidade observáveis na humanidade. Em grande medida a antropologia física se vincula a uma matriz disciplinar biofísica que tem como principal motriz as teorias evolucionistas. Está também significativamente associada aos estudos arqueológicos, tanto no estudo de grupos hominídeos pré-históricos, como em pesquisas etino-históricas visando estabelecer as diferentes trajetórias das sociedades de tradição eminentemente oral, ou parcelas das sociedades de tradição escrita, das quais o registo escrito é pouco significativo ou inexistente.
Antropologia cultural
A antropologia cultural tem raízes que remetem a Antiguidade Clássica, quando os primeiros relatos escritos acerca de outros povos iniciaram as discussões acerca da cultura dos mesmos. Estas origens se desenvolveram após o período das grandes navegações, cujos registros, discutiam os povos "descobertos" como exóticos e "estranhos" ao mundo europeu.
Também conhecida como antropologia social, esta vertente surge da necessidade de compreender a alteridade sociocultural, ou seja, a apreensão da visão de mundo expressa pelos comportamentos, mitos, rituais, técnicas, saberes e práticas de sociedades de tradição não-europeia. Nas primeiras décadas de sua formação enquanto disciplina a antropologia esteve ligada aos interesses de Estado.