Agressividade infantil no ambiente escolar

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A existência de impulsos agressivos é inerente à constituição do ser humano, como esclarecem os psicanalistas Klein (1970) e Winnicott (1939/1987a). Segundo esses autores, o modo e as razões de a agressividade se destacar no funcionamento psíquico - gerando a delinqüência e o comportamento anti-social na vida adulta - constituem um processo que se inicia precocemente e está estreitamente ligado ao desenvolvimento infantil.
Violência, agressividade e comportamento anti-social são importantes temas de reflexão e debate nos dias atuais, especialmente quando estão presentes no ambiente escolar.Educadores e instituições de ensino deparam-se diariamente com situações onde tais comportamentos acontecem cotidianamente. Aprender a respeitar limites, regras e autoridade, trabalhar adequadamente em equipe, respeitar as dificuldades e limitações do outro, assim como ter atitudes de respeito, tornaram-se desafios tão importantes quanto a aquisição do conteúdo curricular básico.Atitudes agressivas, uso do poder, intimidação de colegas e enfrentamento de professores e funcionários parecem não ter limites. Tudo isto contradiz os propósitos essenciais da escola de educar e socializar, trazendo prejuízos individuais e coletivos, além de instalar um clima de temor e distância entre aqueles que deveriam ser parceiros no processo educativo: o professor e o aluno.A socialização do aluno é um processo gradual, que deve ser construído nos diversos ambientes em que as crianças e os adolescentes estão inseridos. Vários fatores são determinantes para que este processo ocorra: educação familiar, acesso à educação formal, convívio com outros grupos sociais - parentes, vizinhos, igreja etc. -, acesso à cultura, entre outros. Fatores biológicos, questões culturais, histórico familiar (hereditariedade e referencial de educação), condição sócio-econômica e condições adequadas de saúde também interferem neste processo. Os fatores biológicos vêm sendo investigados por profissionais de saúde mental

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