Teoria etruturalista

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Confisco da poupança completa 20 anos

Em 1990, Collor e Zélia tomaram medida drástica que afetou a vida de milhões de brasileiros
Há exatamente 20 anos, uma tentativa sem sucesso de conter a hiperinflação resultou numa das intervenções mais radicais na economia do país. Um dia depois de tomar posse, o então presidente Fernando Collor de Mello e a ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, anunciaram o confisco de parte das contas correntes e da poupança dos brasileiros.

A medida passou para a história como a principal novidade do Plano Collor. Oficialmente chamado de Plano Brasil Novo, o pacote econômico acabou reduzido, na memória nacional, ao bloqueio do dinheiro da população. Em muitos casos, economias ao longo de uma vida ficaram congeladas no Banco Central.

Com o Plano Collor, 80% de todos os depósitos das contas correntes, das cadernetas de poupança e do overnight (modalidade em que o investidor aplicava no fim do dia e recebia os juros no dia seguinte) acima de 50 mil cruzados novos foram congelados por 18 meses. O governo prometeu corrigir o dinheiro pela inflação da época, mas na prática apenas metade dos recursos foi devolvida.

Saiba mais...
Para Zélia, confisco da poupança foi só um ato dramático Remorso de Collor não comove quem teve poupança congelada
Convertidos aos valores atuais, os 50 mil cruzados novos corresponderiam a R$ 5.588, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Caso fosse usado o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da Fundação Getulio Vargas, a quantia representaria R$ 7.866.

No estudo As Origens e a Gênese do Plano Collor, o professor Carlos Eduardo Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que o confisco teve respaldo de setores acadêmicos. A ideia, segundo ele, era impedir que situações como a do Plano Cruzado, em 1986, se repetissem: com a queda da inflação, o dinheiro que voltou a circular criou uma euforia que superaqueceu a economia e

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