Afetividade em Wallon e sua trajetória
A escolha de Wallon para o propósito deste estudo se deve à dedicação de grande parte de seu trabalho ao estudo da afetividade, adotando também uma abordagem do desenvolvimento humano. Em sua psicogênese, busca articular o biológico e o social. Atribui ás emoções de suma importância para o desenvolvimento da vida psíquica, como uma anelo entre o social e o orgânico. Antes de aprofundar em aspectos acima citados, faz-se necessário abordar a trajetória da vida de Henri Wallon para uma compreensão de toda a pesquisa, conhecendo assim quem foi ele e suas contribuições para a sociedade. Do estudo científico de pedagoga Izabel Galvão (2008) sobre aspectos da teoria de Henri Wallon, que nasceu na França, em 1879 e faleceu em 1962. Ele teve sua vida marcada por intensa produção intelectual e ativa participação nos acontecimentos que marcaram sua época. Antes de chegar à psicologia formou-se em filosofia e medicina e, ao longo de sua carreira, foi cada vez mais explicita a aproximação com a educação. A biografia de Wallon apresenta o perfil de um homem que buscou integrar a atividade científica à ação social, ou seja, estudou para colaborar com o desenvolvimento da sociedade, numa atitude de coerência e engajamento. Galvão (2008) afirma que no ano de 1902, aos vinte três anos, Wallon formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior. No ano posterior, lecionou aulas da disciplina no ensino secundário e, como educador, não era a favor de métodos autoritários para controlar a disciplina dos educandos. Formou-se também em medicina em 1908. Henri Wallon viveu num período marcado por muita instabilidade social e turbulência política. As duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), o avanço do fascismo no período entre guerras, a revolução socialistas e as guerras para libertação das colônias na África atingiram boa para da Europa e, principalmente na França. Provavelmente se Wallon tivesse vivido numa época de estabilidade