Advogado
Cultura que vem do termo germânico Kultur, que em seu contexto usava-se para símbolo de todos os aspectos espirituais. Embora existisse a palavra Civilization, que cunha do vocábulo francês, esta era usada para realizações materiais. As palavras já citadas foram sintetizadas por Edward Tylor no vocábulo inglês Culture, a definindo como conhecimentos gerais, abrangendo em uma só palavra todas as possibilidades de realização humana.
O conceito de Cultura utilizado nos dias atuais e foi definido primeiramente por Tylor. Porém, tal idéia já estava ganhando consistência talvez até mesmo antes de John Locke que, através de seu livro Ensaio acerca do entendimento humano, visou demonstrar que a mente humana é vazia quando nascemos, mas é aberta ao aprendizado, adquirindo-o através da assimilação de experiências e conhecimentos morais (Endoculturação). Ademais, Locke era contra as ideias da época de princípios e verdades inatas, sendo a favor de cada indivíduo aprender através de seus atos. Neste mesmo período, Locke afirma que os homens tem princípios práticos opostos, sendo esta uma regra de virtude a ser considerada, por isso condenado pela moda geral de todas as sociedades de homens, governadas por opiniões.
Cinquenta anos depois, Jacques Turgot ao escrever o seu Plano para dois discursos sobre a história universal, afirmava que o homem é capaz de explicar e transmitir suas ideias eruditas para os demais homens e para as próximas gerações. Tal definição é equivalente as formuladas por Bronislaw Malinowski e Leslie White.
Em relação a Jean-Jacques Rousseau, este apoiava as ideias de Locke e Turgot, concedendo uma grande importância à educação e chegando a afirmar que esta em grande escala, possibilitaria a diferenciação dos homens em relação aos grandes macacos.
Passado pouco mais de um século desde a definição de Tylor esperava-se que houvesse um consenso entre os antropólogos em relação ao termo Cultura. Porém, o que