DEBATE SOBRE A DEMOCRATIZAÇÃO DA ONU Cosmopolitismo nas relações políticas internacionais

do Estado do Rio de Janeiro CCJP – Centro de Ciências Políticas e Jurídicas Ciência Política Maria Clara Campos Guimarães DEBATE SOBRE A DEMOCRATIZAÇÃO DA ONU Cosmopolitismo nas relações políticas internacionais Rio de Janeiro Julho de 2013 INTRODUÇÃO Desde que foi criada, a ONU enfrenta fortes críticas relacionadas à sua gestão, sistema de vetos, influência em assuntos importantes para o panorama mundial, organização política internacional, entre outras. Há, também, uma crise de representação, uma deficiência de participação civil nos debates e nos processos decisórios dessa organização. Essas e outras deficiências e críticas que serão expostas no decorrer desse artigo, nos permitirão sugerir uma reforma nessa organização a fim de torná-la mais democrática no que concerne a organização política no plano global. Faremos uma análise das medidas propostas pelos autores mais importantes que tratam desse assunto, interpretadas sob o ponto de vista cosmopolita, como é o caso dos autores Held, Kant, Mônica Herz e Dore Gold. A principal importância desse trabalho será, portanto o apontamento da corrente cosmopolita como forma de reestruturar a esfera política e social internacional. Antes de darmos início ao estudo das propostas para a reforma da ONU baseada na democratização da mesma, faremos uma análise dessa organização, desde sua criação até o papel que exerce hoje. Após essa análise, abordaremos as críticas que…

RESUMO Este artigo discute o legado e os limites do paradigma kantiano em relações internacionais. Se as atuais reconstruções de Kant em relações internacionais enfatizam aspectos positivos das idéias liberais e institucionalistas, restringem-se, no entanto, à análise de princípios, não analisando o que na realidade impede sua realização. Na primeira parte, examina-se os princípios jurídicos que Kant apresentou como condição para a paz: 1) a pacificação da ordem internacional depende da…

Os Cosmopolitas. Kant e os “Temas Kantianos” em Relações Internacionais* Soraya Nour Introdução No dia 5 de abril de 1795, França e Prússia celebram a “Paz de Basiléia”. A Prússia abandona a coalizão com a Áustria e com a Inglaterra de oposição à França e cede-lhe as ocupações à margem esquerda do Reno. Em agosto, Kant termina sua obra Esboço Filosófico: À Paz Perpétua, texto no qual, ironicamente, imita a forma dos tratados de paz de sua época. Duzentos anos depois, em…

À Paz Perpétua - KANT A Paz perpétua é uma das obras mais importantes de Kant. A obra trata de uma forma a completa abolição da guerra, por sua vez, instaurando uma paz perpétua. Kant dá-nos um projeto filosófico, datado de 1795/96, em que as principais linhas para a Paz passam essencialmente por a criação de Estados Republicanos, e um Federalismo que atualmente serviu de base para a ONU e serve de filosofia base para a União Europeia. O Republicanismo é o primeiro artigo definitivo…

Resenha do Texto: Organizações internacionais de caráter político expressões de direito cosmopolítico de Kant Autoras: Bruna Schlindwein Zeni, Neiva Cristina de Araújo Aluno:... Curso: Direito Período: 1° Professor (a): Neiva Disciplina: ICP PAZ MUNDIAL: UTOPIA OU REALIDADE DISTANTE? O intento dessa resenha é refletir sobre a influencia da filosofia kantiana na sociedade contemporânea e suas instituições em relação a sua teoria de paz eterna. Para as autoras “a sociedade…

Os cosmopolitas. Kant e os "temas kantianos" em relações internacionais* The cosmopolitans: Kant and kantian themes in international relations Soraya Nour ________________________________________ RESUMO Este artigo discute o legado e os limites do paradigma kantiano em relações internacionais. Se as atuais reconstruções de Kant em relações internacionais enfatizam aspectos positivos das idéias liberais e institucionalistas, restringem-se, no entanto, à análise de…

PAZ PERPÉTUA UM PROJETO FILOSÓFICO PRIMEIRA SECÇÃO QUE CONTÉM OS ARTIGOS PRELIMINARES PARA A PAZ PERPÉTUA ENTRE OS ESTADOS O autor ao referir-se numa paz duradoura entre os Estados enfatiza que um tratado de paz não teria valor real se este fosse feito com a reserva secreta de elementos que, mais adiante, poderia resultar em novos conflitos, sendo que as hostilidades entre os Estados seriam adiadas e não teriam um fim de fato. Pelo esgotamento de ambas as partes, a guerra não…

Breve exame dos artigos definitivos de ÀPaz Perpétua Em Idéia para uma história universal do ponto de vista cosmopolita, Kant escreveu que a última e mais difícil tarefa da humanidade será a instituição do direito cosmopolita.7 A filosofia da história kantiana, portanto, está diretamente ligada à sua filosofia jurídica: o desenvolvimento da sociedade e do comércio faz com que se torne interesse dos governos, mesmo por “motivos egoístas e busca da grandeza”,“diminuir as restrições…

Aluno: Amarílio Neto Resenha de Kant - À Paz Perpétua Recife, 2013 Resenha do livro A Paz Perpétua (1795), de Immanuel KantImmanuel Kant nasceu em Konigsberg (atual Kaliningrado), Prússia, no ano de 1724. Jamais abandonou sua cidade, importante centro acadêmico europeu, e lá produziu obras de valor inestimável, não apenas para a filosofia, mas também para a matemática, física, dentre outras áreas. Foi influenciado especialmente pelo pensamento iluminista, pelo idealismo e…

A PAZ PERPÉTUA DE KANT, CRITICADA PELA INCLUSÃO DO OUTRO DE HABERMAS, E BREVEMENTE COMPARADA A SOCIEDADE ATUAL Immanuel Kant, filósofo iluminista, viveu um período em que a indústria avançava muito ao redor do mundo, e com isso consequentemente o comércio e a relação entre os estados. Diante desse enorme fluxo de relações que viam se criando, poderiam advir atritos, daí veio a preocupação de Kant em desenvolver uma ideologia que garantisse a paz entre os estados, o que…