a paz perpetua
A Paz perpétua é uma das obras mais importantes de Kant. A obra trata de uma forma a completa abolição da guerra, por sua vez, instaurando uma paz perpétua. Kant dá-nos um projeto filosófico, datado de 1795/96, em que as principais linhas para a Paz passam essencialmente por a criação de Estados Republicanos, e um Federalismo que atualmente serviu de base para a ONU e serve de filosofia base para a União Europeia.
O Republicanismo é o primeiro artigo definitivo para a Paz perpétua: “A constituição civil de todo Estado deve ser republicana”. Isto é segundo Kant, com governo representativo e separação de poderes, entrariam em guerra com menos frequência: como é o povo, e não o Estado quem sofre com os conflitos, os Estados em que o povo e os seus representantes participam nas decisões públicas, estariam muitas menos vezes em conflitos. O governo deve basear-se na liberdade e na igualdade dos cidadãos, um Estado que decide fazer a guerra sem o consentimento do povo, do parlamento, não funciona em democracia. Por exemplo a Inglaterra, o monarca poderia fazer guerra sem o consentimento do parlamento.
Com uma constituição Republicana, assim é garantido a liberdade dos membros da sociedade, a dependência de todos a uma só legislação comum e a igualdade dos seus membros enquanto cidadãos.
Diz-nos também Kant que o direito internacional deve fundar-se em um federalismo de Estados livres. Não basta uma organização que os congregue para que ele se torne um espaço de negociação e ação internacional. É preciso que esta federação não se possa tornar num Estado mundial, salvaguardando o princípio da igualdade dos Estados. O que sustenta essa Federação de Estados livres, são os conceitos de liberdade e de diversidade (entre os diferentes povos e culturas). Para Kant, só poderia haver uma intervenção militar para forçar um povo adoptar uma constituição que não seja favorável à guerra. Para tal, também seria necessário um mandato da sociedade