Resenha Kant
Centro De Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Ciência Política
Docente: Professor Dr. Marcelo de Almeida Medeiros
Aluno: Amarílio Neto
Resenha de Kant - À Paz Perpétua
Recife, 2013
Resenha do livro A Paz Perpétua (1795), de Immanuel KantImmanuel Kant nasceu em Konigsberg (atual Kaliningrado), Prússia, no ano de 1724. Jamais abandonou sua cidade, importante centro acadêmico europeu, e lá produziu obras de valor inestimável, não apenas para a filosofia, mas também para a matemática, física, dentre outras áreas. Foi influenciado especialmente pelo pensamento iluminista, pelo idealismo e racionalismo, em voga nos ambientes universitários da época, sendo considerado por tantos “a própria encarnação da razão pura”. Kant, falecido em 1804, é um dos mais proeminentes intelectuais da história da humanidade, escrevendo clássicos como Crítica da Razão Pura (1781), Crítica da Razão Prática (1787), Metafísica dos Costumes (1791) e influenciando autores do portfólio de Marx, Hegel e Nietzsche.
A Paz Perpétua, lançada em 1795, está no hall das principais obras de Kant. Produzida em uma época onde as principais potências absolutistas, através de suas coligações, esforçavam-se para deter a expansão dos ideais revolucionários franceses. Ademais, continua a ser, em alguns aspectos, uma obra atualíssima, abrangendo muitas nuances da política externa contemporânea, como por exemplo, a ideia de uma federação de estados livres, cuja finalidade seria a cooperação e integração entre as repúblicas. Nesse aspecto, poder-se-ia facilmente traçar um paralelo entre essa obra de Kant e organizações como a extinta Liga das Nações e a própria ONU.
O livro inicia elucidando seis pontos primordiais para o estabelecimento da paz entre as nações. O primeiro deles menciona que não se pode considerar um tratado de paz feito com algum indício de reserva implícita para fomentação de uma guerra posterior, pois assim sendo, este seria um mero armistício,