Resenha immanuel kant
FACULDADE DE DIREITO
FILOSOFIA DO DIREITO
MARIANA GONZAGA DANTAS DE SANTANA
RESENHA: FILME “JANELA D’ALMA” E “IMMANUEL KANT”
Primeiramente cumpre dizer que o documentário “Janela d’alma” retrata a visão multidirecional da realidade. O olhar representa o instrumento modificador que determina um recorte da realidade, de forma diferenciada de pessoa para pessoa. Trata-se de uma orgnanização da realidade na medida em que seleciona o recorte do que se quer observar e analisar, proporcionando uma menor complexidade daquela realidade estudada. Assim, podemos dizer que faz jus o entendimento de Kant quando diz que o conhecimento não deve regurlar-se pelo objeto, mas sim o objeto pelo nosso conhecimento. Portanto, a realidade na medida em que a compreendemos está a mercê da nossa imaginação e do nosso conhecimento sensorial para que possamos determiná-la, a partir da nossa compreensão.
Existem inúmeras percepções, logo, podemos perceber que não só o olhar mais outros sentidos também determinam a compreensão. O filme proporciona o entendimento de que há a percepção do mundo através dos sentidos e a ausência de um pode, inclusive, intensificar a percepção de outro. Desta forma, é possível desenvolver outras percepções da realidade que muitas vezes quem dispõe de visão não percebe e aquele consegue perceber mesmo sem a visão.
Nesse sentido, Kant, ao escrever a Crítica da razão pura e a Crítica da razão prática, determinou a distinção entre a realidade em si e o conhecimento da realidade. A primeira, dizia ele, é inalcançável por nosso entendimento, embora nossa razão aspire por ela, tendo criado a metafísica como conhecimento racional das coisas em si. Mas a metafísica não é possível: é uma ilusão (inevitável) de nossa razão.
Acontece que, na verdade, para Kant, conhecemos apenas o modo como a realidade se apresenta a nós (os fenômenos), ou seja, através dos nossos sentidos, e organizada pela estrutura de nossa própria capacidade de conhecer,