Resenha da obra "ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita", de immanuel kant
Kant inicia o texto afirmando que existe um curso regular e natural a ser seguido apesar da busca pela realização individual.
A primeira proposição seria uma herança cartesiana, por afirmar que “todas as disposições naturais de uma criatura estão destinadas a um dia se desenvolver completamente conforme um fim” (KANT, 1784). Ao rever a quinta parte do Discurso do Método (Versão eletrônica, Grupo Acropolis), é possível perceber a ligação deste com Kant: “[...] tais órgãos precisam de alguma disposição específica para cada ação específica [...]” (DESCARTES, 1637, p. 32).
A segunda proposição defende a universalidade da razão como estrutura que necessita de tempo para desenvolvimento (KANT, 1784). Na terceira proposição, Kant vem afirmar que o homem é auto-suficiente no que diz respeito às coisas não – mecânicas que regem sua existência, ou seja, é responsável por seu próprio bem – estar. Na quarta proposição de Kant identificamos o paradoxo que é a convivência social na sua ameaça de dissolver-se diante da competitividade.
Uma sociedade igualitária é idealizada por Kant em sua quinta proposição, apesar de ressaltar que as genialidades culturais e artísticas são frutos do isolamento. O equilíbrio entre isolamento e vida social seria desejável para que essa igualdade se desenvolvesse plenamente. Diante desse paradoxo o homem necessita também ser governado, e este é o tema da sexta proposição formulada por Kant, na qual afirma que “o homem é um animal que, quando vive entre outros de sua espécie necessita de um senhor” (p. 11), ou seja, apesar de ser o único dotado de racionalidade, o ser humano ainda necessita de controle, mas o grande problema não é este, e sim como ocorrerá tal controle sendo que o governador será da mesma espécie do