Jacques Revel Cultura

extensão, fazendo o universo político se expandir. À medida que o poder público é levado a legislar, regulamentar, subvencionar, controlar, a produção, a exemplo de construção de moradias, do assistencialismo social da saúde pública e a difusão da cultura, setores passaram, um após o outro, para os domínios da história política. O próprio René, pela sua experiência pessoal, diz denotar uma elevação no nível de compreensão política, os cidadãos passaram a se sentirem mais membros do…

Terceira fase do Annales A terceira geração dos Annales retoma as mentalidades de forma enfática em detrimento da questão econômica. A partir de 1969 Braudel se aposenta, deixando em 1972 sob responsabilidade de Jacques Le Goff a 6ª Seção e a revista sob a responsabilidade de Jacques Revel, todos dedicados aos estudos das mentalidades. Assim, “do porão ao sóton” – da vida econômica ou vida material para os processos mentais, a vida cotidiana e suas representações (Vainfas, 1997:136).…

Jacques Le Goff III Colóquio de Estudos Medievais Niterói - Rio de Janeiro 4 a 8 de abril de 2005 Bibliografia comentada Atualizada em dezembro 2005 A influência da historiografia francesa nos estudos medievais brasileiros tem sido marcante, mormente nas últimas décadas, período em que o chamado movimento da Nova História teve o seu momento mais importante. Jacques Le Goff, um dos fundadores dessa nova visão, desde a década de 1970 tem suas obras presentes nos trabalhos de pesquisa e…

Fernand Braudel. A terceira geração da Escola dos Annales passou a receber uma identificação mais plural, na qual destacaram-se vários pesquisadores como Jacques Le Goff e Pierre Nora. A quarta fase da Escola, se inicia em 1989, e, neste momento, há um desenvolvimento da História Cultural cujos grandes nomes que a representam são Georges Duby e Jacques Revel. Braudel teve uma presença marcante dentro da Escola dos Annales desde a sua fundação. Sua tese sobre a política externa de…

Os colégios jesuíticos e a institucionalização da educação escolar (p. 23-33) Alguns conceitos-chave: comércio social (Revel); aprendizado de um script adulto (Durkheim). Na Idade Média a criança existia enquanto membro da linhagem; a família definia as identidades. Mas a partir do século XV, as realidades e os sentimentos da família se transformariam (Ariès). Roger Chartier cita seis categorias que norteariam essa mudança quanto a comportamentos e sensibilidades: a) A civilidade. b) O

publicados na Annales ESC em 1979, um artigo de André Burguière e outro de Jacques Revel, que tratam precisamente dos Annales de 1929 a 1979. Desde a morte de Lucien Febvre em 1956, a escola dos Annales e a sua revista adquiriram uma posição dominante na historiografia francesa até 1968, Fernand Braudel foi o guia, assumindo a responsabilidade, depois de 1968, a ele se juntou o comitê em que aparecem nomes como de Jacques Le Goff e Emmanuel Le Roy. Nas décadas de 1960 e 1970, a…

que permitem estabelecer um saber generalizável a partir de 84 Revista de Teoria da História Ano 2, Número 5, junho/ 2011 Universidade Federal de Goiás ISSN: 2175-5892 estudos de caso, micro-histórias ou estudos comparativos (Passeron e Revel). (CHARTIER, 2009, p. 14) No entanto, todas estas alternativas ao paradigma pós-moderno estão ainda excessivamente “contaminadas” pelos princípios filosóficos da Metafísica. Na perspectiva elaborada por Jürgen Habermas, a Metafísica é…

histórica. Não existe nenhum texto fundante dessa nova corrente historiográfica que tem possivelmente em Carlo Ginzburg e 4 Giovanni seus principais expoentes, cabendo a Revista Quaderni Storici o papel de veiculadora de sua produção. Para Revel, a abordagem micro-histórica, mais que mudar o foco, muda também as descobertas, isto é, não apenas diminui o foco, mas altera seu significado. Logo, “[...]se propõe enriquecer a análise social tornando suas variáveis mais numerosas,…

compreender o movimento como um todo” [3]. O próprio autor revela que o segredo de sua obra está em conversas (algumas despretensiosas e outras nem tanto) mantidas com Fernand Braudel, Emmanuel Le Roy Ladurie, Jacques Le Goff, Michel Vovelle, Krzystof Pomian, Roger Chartier e Jacques Revel. Certamente, que foram com estes diálogos que Burke pode perceber que as várias notas dissonantes entre estes membros dos annales (enquanto alguns ainda tratavam da questão da interdisciplinaridade…

afirma Revel, “a micro-história nasce como uma ‘reação’, como uma tomada de posição frente a certo estado da história social, sugerindo reformular concepções, exigências e procedimentos”.2 1 Mestranda do Curso de História da UFSJ; especialista em História de Minas Século XVIII e XIX pela UFSJ com a monografia intitulada: Terras e Liberdades – uma recompensa pela escravidão? Barbacena / 1850 a 1888. E-mail: selix07@hotmail.com. 2 REVEL, Jacques. “Micro-análise e construção do social”.…