Desenvolvimento historiografico: De Heródoto à Fernand Braudel
Luciana Sousa Silva.
O historiador é, antes de tudo, um investigador! Heródoto de Halicarnasso (485? a.c – 420 a.c) foi o primeiro a analisar o passado procurando muito mais que simplesmente contá-lo, mas pensá-lo filosoficamente, analisando o corpotamento humano no tempo e no espaço. Até então, existiam crônicas e épicos que preservavam o passado dos povos, mas nenhum deles contava com rigor metodológico. A partir de Heródoto, o estudo da história e o trabalho de escrevê-la passaram por um processo de desenvolvimento. Os romanos também se preocuparam em deixar obras históricas para preservação do seu passado. Salústio (86 a.c – 34 a.c) se empenhou em fazer estudos historiograficos sobre os principais acontecimentos de sua época. Também Tito Lívio ( 59 a.c – 17) se propõs a escrever uma História Nacional, mas caiu no lugar comum da parcialidade e tendeu para o nacionalismo exagerado. Além desses, existiu uma vasta lista de historiadores romanos. Porém, até então, os metódos historiograficos para a pesquisa histórica ainda estavam soltos e dissolvidos num mundo em que a pesquisa não tinha arestas bem definidas. O Cristianismo trouxe mudanças metodologicas radicais. Introduziu o providencialismo, tendo como seu principal representante Agostinho de Hipona (o Santo Agostinho), bispo da Igreja, que em 426 terminou sua obra mais importante, A Cidade de Deus. A filosofia cristã tinha como objetivo a reação a vários elementos do helenismo, prinicipalmente à religião pagã. Essa reação tomou forma através da “apologia”, o modo de expor a filosofia em defesa do cristianismo. Essa atividade acabou por criar o pensamento filosófico cristão denominado de Patrística. Os pensadores patrístisticos trouxeram elementos externos ao cristianismo para dentro da igreja. A forma variada helenística de conceber o mundo influenciou esse movimento a pensar o cristianismo de forma diversa da visão ortodoxa