Graduando

Porém, mesmo afirmando toda essa importância do africano escravo, a campanha abolicionista não se dirige a eles, mas aos seus representantes, os abolicionistas. Nabuco tinha em mente que só os intelectuais teriam propriedade suficiente para promover o abolicionismo. O escravo não era considerado cidadão, não era letrado, não era organizado politicamente, além da própria estrutura isolada e fechada das fazendas dificultar uma organização dos escravos, e do regime ter embrutecido e domesticado o escravo. De certa forma, Nabuco tinha razões plausíveis para não dirigir sua campanha aos próprios escravos: eles não eram, apesar de tudo, uma força política É no capítulo nono que Nabuco vai se dedicar a analisar detalhadamente o Tráfico de africanos. Tornando-se ilegal a partir de 1831, os mercadores do Brasil não mediram esforços para continuar com seus negócios, burlando até mesmo a fiscalização inglesa e o cumprimento do Bill Aberdeen de 1845, em nome de um discurso nacionalista. Essa ilegalidade do tráfico já ilegalizava também a própria escravidão, pois se cessado o tráfico, mesmo em 1831, a substituição paulatina e progressiva de mão de obra escrava seria possível. Mas Nabuco afirma que após a ilegalidade do tráfico até sua extinção, um milhão de africanos foram trazidos ao Brasil. E mais, Nabuco, calculando a vida útil de um escravo, conclui que, uma vez que o tráfico fora ilegal desde 1831, em uma geração só haveria escravos os nascidos no país, e com a lei de 1871,…

Apesar de o tráfico negreiro ser geralmente caracterizado como obra dos países europeus e americanos, os africanos também participaram ativamente dessa atividade. O tráfico exigia uma organização comercial complexa para a venda e o transporte dos escravos Apesar de o tráfico negreiro ser geralmente caracterizado como obra dos países europeus e americanos, os africanos também participaram ativamente dessa atividade. O tráfico exigia uma organização comercial complexa para a venda e o…

Autor Jaime Rodrigues Parte I Negociaes e conflitos em Angola 1. A grande loba que devora tudo portos, feitorias e barraces de Angola As guerras de conquista marcaram o incio do contato com o territrio a que chamavam de Angolas, seguido da instalao de presdios que tinham o objetivo de abastecer de escravos. Aps a reconquista do territrio dos holandeses a ocupao dos presdios foi reativada e os colonos foram para o interior a procura de escravos o que segundo o autor s aumentou as…

A nossa proposta curricular para este ciclo fundamenta-se naquilo que Agnes Heller nos diz: “O homem nasce já inserido no seu quotidiano. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para vida quotidiana da sociedade (camada ou grupo social) em questão. É adulto quem é capaz de viver por si mesmo no seu quotidiano(2)”. Assim, o reforço e o aprofundamento de determinadas temáticas visam inserir o aluno na…

15 DIPLOMACIA DO TRÁFICO E AS CONVENÇÕES COM A INGLATERRA A diplomacia do tráfico era basicamente a “Diplomacia da força de trabalho”, que envolvia as questões da imigração de trabalhadores livres e do tráfico de escravos Os grupos interessados no tráfico de escravos eram os traficantes e transportadores nacionais e portugueses, comerciantes capitalistas e fazendeiros brasileiros, mais altas autoridades do Brasil; portanto, o egime monárquico em si. A imigração era incompatível com a…

Brasileira, 2009, p.299-337. O texto retrata a gradualidade da abolição e da pressão inglesa como fator determinante para o fim do tráfico de africanos. O ano de 1850 reuniu condições para o fim desse tráfico apesar de nem todos os historiadores serem unânimes nessa opinião. Rodrigues, Jaime discuti a importância do comércio de escravos para a construção da nação entre 1830 e 1850. Segundo o estudioso Davis, o processo do fim do tráfico foi marcado por 02 correntes contrárias, onde uma…

VOZ DOS ESCRAVOS NA HISTORIOGRAFIA Grande parte da historiografia produzida anterior aos anos de 1980 acreditava que os escravos eram sujeitos passivos da história, seres desprovidos de vontade própria, incapazes de atitudes políticas e indiferentes à sua condição refletindo, portanto esta ideia do “escravo coisa”. Podemos citar como exemplo dessa visão de escravo, Fernando Henrique Cardoso, em seu estudo Capitalismo e escravidão no Brasil meridional, no qual o autor argumenta que o…

Ano Letivo: 2014. Aulas semanais: 02 Aulas anuais: 80 Eixo Temático – O Processo Histórico. Tema Tópico Habilidade Conteúdo Cronograma A História Conceitos sobre a História Analisar os significados sociais da História. Compreender o ofício do historiador e as múltiplas possibilidades da produção do conhecimento histórico. Explicar o estudo da História como reflexão e interpretação dinâmicas sobre o passado e o presente. Analisar…

Este trabalho se propõem a analisar de que forma essas idéias liberais conseguiram se conciliar a um sistema escravocrata agro-exportador de produção. Assim como analisar “O quanto livre estavam [mesmo] os trabalhadores urbanos após a abolição do escravismo?” e de que forma se deu essa transição – do trabalho escravo ao livre. Liberalismo & Escravidão Numa definição pontual e simplista, podemos resumir o liberalismo econômico através da expressão francesa “Laissez faire, laissez…

escravidão, Família escrava, Tráfico de escravos, Compadrio, Diáspora africana, Reprodução natural, Século XIX. O artigo do autor Jonis Freire, fala, principalmente sobre a inserção de escravos, antes e depois da proibição do tráfico negreiro em 1850, em duas propriedades da Zona da Mata Mineira. Freire, no início do artigo, ressalta o fato de a maioria dos escravos advindos do continente africano terem sidos trazidos para o Brasil e utiliza uma citação de Herbert Klein para…