Autor Jaime Rodrigues Parte I Negociaes e conflitos em Angola 1. A grande loba que devora tudo portos, feitorias e barraces de Angola As guerras de conquista marcaram o incio do contato com o territrio a que chamavam de Angolas, seguido da instalao de presdios que tinham o objetivo de abastecer de escravos. Aps a reconquista do territrio dos holandeses a ocupao dos presdios foi reativada e os colonos foram para o interior a procura de escravos o que segundo o autor s aumentou as despesas para os portugueses. Inicialmente os portugueses se infiltraram o comercio que os prprios africanos praticavam, posteriormente construram seu espao, com presdios, feitorias e fortes para servir como ponto de apoio para a compra e venda de escravos. A manuteno dos territrios coloniais estava vinculado ao trfico Os traficantes foram fundamentais nesse processo j que os portugueses se estabeleciam e viviam na frica de forma a manter relaes com os africanos que os mantinham abastecidos de escravos. Tambm havia a prtica do contrabando. importante ressaltar que houve inmeros questionamentos a cerca da presena dos portugueses em territrio africano e do controle das rotas comerciais. Muitos eram os empecilhos para os colonizadores permanecerem na frica, como a diferena ambiental, a resistncia dos africanos e o questionamento de outros governos europeus em relao possesso dos territrios da Coroa. As doenas afetavam no s os brancos e mestios mas tambm os africanos de diversas etnias. Benguela sofria com todos esses problemas, mas mesmo assim no sculo XVIII era considerada o porto mais promissor da frica. Luanda tambm no oferecia melhores condies sanitrias aos colonos no sculo XVIII. A Luanda portuguesa de meados do sculo XVIII em diante era o maior povoamento de brancos no principal centro do comrcio escravista africano. A cidade alcanara essa posio depois de desembarcar So Tom do posto de primeiro enclave negreiro a partir do momento em que os escravos passaram a ser embarcados para as