GUADALCANAL
A diplomacia do tráfico era basicamente a “Diplomacia da força de trabalho”, que envolvia as questões da imigração de trabalhadores livres e do tráfico de escravos
Os grupos interessados no tráfico de escravos eram os traficantes e transportadores nacionais e portugueses, comerciantes capitalistas e fazendeiros brasileiros, mais altas autoridades do Brasil; portanto, o egime monárquico em si. A imigração era incompatível com a manutenção do tráfico e o regime de colonato não poderia conviver com a escravidão, segundo José Bonifácio, Patriarca da Independência.
O tráfico movimentava outros comércios, visto que os navios vinham com escravos e voltavam com mercadorias (brasileiras e manufaturados europeus). Portanto, a “supressão do tráfico foi um problema interno que se tornou internacional, mais especificamente uma questão de política externa bilateral ”, segundo Delgado de Carvalho. Para Helio Viana, o “Tráfico foi resolvido por iniciativas brasileiras”. Paulino Soares de Souza, Ministro dos Estrangeiros, destaca a “Influência inglesa na abolição do tráfico”.
Com a necessidade de braços para a lavoura, a migração contribuiu para o aumento da população economicamente ativa e a repartição espacial (predomínio do sul e sudeste a norte e nordeste.) Podemos observar este crescimento na tabela a seguir:
População brasileira entre 1808-1900
1808
4.000.000
1819
4.396.132
1830
5.340.000
1854
7.677.800
1872
10.112.061
1880
11.808.215
1889
14.058.751
1900
17.318.556
Fonte: Brasil, IBGE, Séries Estatístias Retrospectivas, vol 3, 1987, p3.
Pode-se considerar o Início da migração no ano de 1808, com o decreto autorizando a concessão de “dotes de terras por sesmarias”. As sesmarias foram suspensas com independência. Em 1818, foi nomeado inspetor para conduzir instalação no Rio de Janeiro de colonos suíços. Em 1824, 160 Réis diários eram pagos durante o primeiro ano para alemães instalados em Nova Friburgo.
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