Trabalho sobre Teoria e Metodologia da História

por determinações sociais, analisadas e interpretadas em conjunto e de maneira científica. As determinações do lugar representarão, portanto, “uma censura com relação aos postulados presentes na análise” (Certeau, 1982, p. 68). Ele torna possível a existência de determinadas pesquisas e interdita outras. Portanto, necessitará haver no trabalho do historiador uma relação com o corpo social e com os limites que ele impõe tanto para o objeto delimitado pelo pesquisador, quanto pela sua maneira de trabalhá-lo. A consideração do saber produzido pelo historiador com o lugar impede “a inconsistência de uma classe que se desconheceria a si própria, como classe, nas relações de produção” (Certeau, 1982, p. 68) historiográfica. Não que a produção histórica se limite a essa relação entre a obra produzida e o lugar, mas é justamente essa relação que será capaz de determinar se a obra pode ser considerada como parte da historiografia e, se sim, da boa historiografia. UM MÉTODO “‘Fazer história’ é uma prática” (CERTEAU, 1982, p. 69). O historiador necessita de técnicas para realizar as práticas de construção de suas obras historiográficas. Tais técnicas são relativas ao lugar social de produção do autor, como já mencionado no tópico anterior. Elas determinam exatamente quais serão as fontes selecionadas pelo pesquisador e qual a maneira como ele irá trabalhar com elas. A prática de construção de história baseia-se, dentre outras coisas, na utilização de técnicas, pelo…

Ricoeur, P. Verdade no conhecimento da história. In:________ História e Verdade, pp 21-80. Objetividade e subjetividade em história. Espera-se da história um certo nível de objetividade. Por objetivo entendemos que é “aquilo que o pensamento metódico elaborou, pôs em ordem, compreendeu, e que por essa maneira pode fazer compreender” (p.23). Espera-se também certa dose de subjetividade por parte do historiador, exigida pela própria objetividade e que se separe a boa da má…

Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico: aoposição entre os paradigmas positivista e historicista Resumo: Este artigo objetiva discutir questões referentes à relação entreObjetividade e Subjetividade na operação historiográfica, examinando osparadigmas Positivista e Historicista, de modo a desenvolver uma análiseefetiva do problema. O Positivismo e o Historicismo são aqui expostos comoparadigmas antagônicos, e suas características principais são expostas emum paralelo…

Revista Tempo, Espaço e Linguagem (TEL), v.1, n.2, maio/ago. 2010, p.73-102 73 Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico: aoposição entre os paradigmas positivista e historicista José D’Assunção Barros Doutor em História (Universidade Federal Fluminense - UFF)Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Resumo: Este artigo objetiva discutir questões referentes à relação entreObjetividade e Subjetividade na operação historiográfica,…

Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico: a oposição entre os paradigmas positivista e historicista José D’Assunção Barros Doutor em História (Universidade Federal Fluminense - UFF) Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Resumo: Este artigo objetiva discutir questões referentes à relação entre Objetividade e Subjetividade na operação historiográfica, examinando os paradigmas Positivista e Historicista, de modo a desenvolver uma…

TEXTO - HISTÓRIA E VERDADE: POSIÇÕES No texto “História e verdade; posições” José Carlos Reis discute as posições da verdade sobre o conhecimento histórico, buscando organizar algumas reflexões sobre as relações existentes entre verdade e história. Para Reis os céticos em relação à história fazem várias objeções à possibilidade da objetividade e verdade em história, entre elas estaria o fato desse conhecimento estar ligado ao presente, que se inova através de uma reinterpretação do…

estabelecido. -Consequências da consciência histórica: Toda compreensão da história é sempre através de uma consciência que se situa no presente. Não há uma visão ou uma compreensão puras da história, sem referencia ao presente. Contudo, o presente só é visto e compreendido através das intenções, modos de ver e preconceitos que o passado transmitiu. Isto é a operacionalidade do passado no presente, afirmada no conceito de historicidade. -Crítica à consciência histórica Heidegger e…

conhecimento nas ciências humanas. O projeto da filosofia critica da história é tornar o conhecimento histórico independente dos modelos de objetividade da física e afastando-o da filosofia especulativa. O questionamento aqui é sobre a objetividade do conhecimento histórico. Weber vai refletir sobre os limites da objetividade histórica e até onde ela vai ser independente da vontade do historiador. A questão se mostra relevante na medida em que dentro do saber objetivo a história…

conceito de verdade dos fatos, mesmo que saibamos que a verdade sempre é subjetiva, e também depende do ponto de vista, do contexto temporal e espacial e principalmente que a verdade não tem um conceito absoluto, ou seja, pode mudar de acordo como o contexto em que for desenvolvida. Buscando analisar este fato de forma a termos uma isenção, é que percebemos que a subjetividade que falamos é inerente ao sujeito, o que por si só já mostra que na apuração ou entabulação da verdade…

verdadeira ciência seria um conhecimento independente dos sistemas sociais e econômicos. Seria um conhecimento que, baseando-se no modelo fornecido pela física, se impõe como uma espécie de ideal absoluto. Não há ciência “pura”, “autônoma e “neutra”, como se fosse possível gozar do privilégio de não se sabe que “imaculada concepção”. Espontaneamente, somos levados a crer que o cientista é um indivíduo cujo saber é inteiramente racional e objetivo, isento não somente das perturbações da…