Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico: aoposição entre os paradigmas positivista e historicista
1156 palavras
5 páginas
Objetividade e subjetividade no conhecimento histórico: aoposição entre os paradigmas positivista e historicistaResumo:
Este artigo objetiva discutir questões referentes à relação entreObjetividade e Subjetividade na operação historiográfica, examinando osparadigmas Positivista e Historicista, de modo a desenvolver uma análiseefetiva do problema. O Positivismo e o Historicismo são aqui expostos comoparadigmas antagônicos, e suas características principais são expostas emum paralelo comparativo.
Introdução
A questão da dicotomia entre objetividade e subjetividade no âmbito daHistória, como campo complexo de reflexão, impõe a confluência entre aFilosofia e a História-conhecimento, e não é à toa que dela têm participado coma mesma seriedade os filósofos e os historiadores – estes últimos particularmente preocupados com aspectos epistemológicos, éticos e metodológicos que podemafetar mais especificamente o seu ofício, ou o que dele se espera de retorno para a sociedade. Desde os pensadores do período iluminista, como Vico, Herder,ou Kant, até historiadores e filósofos ligados às discussões da Hermenêuticasobre especificidade da interpretação histórica – o que abrange um arco queinclui Droysen, Dilthey, Heidegger e Gadamer, entre outros – e até chegar a
74
Revista Tempo, Espaço e Linguagem (TEL), v.1, n.2, maio/ago. 2010, p.73-102
José D’Assunção Barros autores que questionam o próprio conceito de “realidade”, como Foucault, Veyneou Hayden White, abundam posições bastante diferenciadas sobre a questão,que de resto tem ela mesma a sua própria história, os seus momentos deintensificação ou de esvaziamento.Historiadores diversos têm discutido a questão sobre distintos enfoques.Jörn Rüsen, por exemplo, procura iluminá-la, em um dos capítulos de sua
Razãohistórica,
1 em termos da oposição entre “partidarismo e objetividade”. Situa,em forma de indagações, e são muitas, as tensões que surgem entre os aspectosda cientificização da História e a sua função de