RESENHA JOSÉ CARLOS REIS
No texto “História e verdade; posições” José Carlos Reis discute as posições da verdade sobre o conhecimento histórico, buscando organizar algumas reflexões sobre as relações existentes entre verdade e história. Para Reis os céticos em relação à história fazem várias objeções à possibilidade da objetividade e verdade em história, entre elas estaria o fato desse conhecimento estar ligado ao presente, que se inova através de uma reinterpretação do passado, à subjetividade, à compreensão e à intuição, de não produzir explicações causais, de utilizar fontes incertas, de ser interpretação e construção de um sujeito e ter o conhecimento pós-evento, ou seja ela ganha “corpo” a partir dos acontecimentos.
Na tentativa de indicar posições para o alcance da verdade histórica, Reis busca as teses de alguns autores, dividindo-os em realistas metafísicos e nominalistas. Para os realistas como Ranke a história produziria verdade através do método crítico, assim o sujeito não se anula, apenas se esconde buscando um autocontrole. Weber não vê a possibilidade de abordar o real de forma integral, mas apenas partes selecionadas e construídas pelo sujeito. O sujeito divide-se em esferas lógicas autônomas. Em Marx, o sujeito deve assumir sua subjetividade. A verdade não é universal, mas de um grupo social. O conhecimento histórico produzido é objetivo, mas parcial, relativo, pois o historiador precisa tomar partido. Já os historicistas Ricoeur e Marrou tem um visão contraria a tese marxista, para estes a verdade é traduzida por um sujeito comunicativo e ético. Para eles a história é capaz de oferecer a verdade do seu objeto, o mundo humano universal. Marrou declara ser a objetividade histórica, específica, subjetiva, através de valores éticos universais. Todos procuram critérios universais para a verdade, todos são construções totalizantes da verdade histórica.
Já nos nominalistas, a subjetividade é plena, o universal é impensável. Em