O&m decadência do sistema
Organização, Recursos Humanos e Planejamento
O Triste Destino da Área de O & M II
Miguel P. Caldas - Mestre e Doutorando em Administração de Empresas pela EAESP/FGV, Professor do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da EAESP/FGV e Consultor de Empresas
Resumo
Este artigo corresponde à segunda parte de uma pesquisa que investiga a evolução da função e da carreira de Organização e Métodos (O&M) nas empresas no Brasil desde 1985. Este estudo procura verificar empiricamente até que ponto a carreira e o profissional de O&M sofreram ou não, como sugerem alguns autores, um declínio em relação a outras áreas afins, tais como recursos humanos, informática ou qualidade. Para tanto, levantou-se a oferta de posições em O&M (comparada com essas outras áreas), via evolução da quantidade, da qualidade e do prestígio de anúncios de empregos em um jornal paulista, entre 1985 e 1996. Os resultados desse levantamento foram cruzados com a outra parte da pesquisa, realizada por meio de questionários, sobre o destino da função de O&M em 60 organizações no estado de São Paulo. O artigo também sugere como o processo de transformação da carreira de O&M pode ser relevante para o entendimento das mudanças pelas quais outras carreiras administrativas passam nos dias de hoje.
Resenha Segundo as 60 organizações que responderam a um questionário detalhado sobre o destino da função e das atividades de O&M de 1985 a 1997, quando a área de O&M não deixou de existir ou diminuiu em tamanho (55% das respondentes), ou diminuiu também em importância (88% das respondentes), se for medida pelo nível de reporte hierárquico da área dentro da organização. Nas empresas que informaram a extinção ou incorporação da área de O&M por outras áreas, em geral, as atividades de O&M ou foram terceirizadas para agentes ou consultores externos, ou foram assumidas pelas áreas de informática,