O homem cordial sérgio buarque
Sérgio Buarque de Holanda
Diante do contexto de Sérgio B. de Holanda, o homem cordial apresentado no correr de suas linhas seria aquele que por uma determinada forma tradicionalista de formação foge do contexto capitalista, estatal, aquele que por ser de ordem doméstica e familiar não atende a dura realidade do homem capitalista, nos dias de hoje globalizado.
Este por sua vez não se deixa envolver pelas características desumanas e apenas lucrativas impostas por uma sociedade voltada para o mercado, o mesmo é apontado como atrasado em sua visão familiar em todo o seu ciclo vivencial, tanto doméstico quanto profissional e também social.
Ele mantém em si e no seu convívio a velha visão de que o princípio base para o crescimento pessoal e social é a vida em família, com suas tradições patriarcais, passando de geração em geração o respeito de igualdade, havendo um modelo obrigatório de sociedade. Mas ressalta- se que a cordialidade não passa de uma mera máscara de polidez, para se proteger das transformações impostas pela sociedade, ou melhor, mantendo assim a idéia de princípio e crenças.
Sua principal característica é de se esconder atrás de suas emoções e sentimentos de cordialidade para não haver um enfrentamento entre o seu modo de vida e o que a sociedade estabelece, largando assim sua vasta e prolongada vida umbilical.
O homem cordial é justamente o que pode dizer-se o conquistador, por suas cortesias, boa educação e jeitinho conseguem driblar as duras e severas regras impostas por uma sociedade voltada para a atividade lucrativa e desumana, diante das classificações sociais ditadas em suas idéias de divisão social.
Vemos isso não só no homem profissional, mas, no religioso, que atua em sua fé com tanta intimidade que passa a ser parte daquilo que se reverência. Esse se pode dizer que é um ato brasileiro, extremamente exagerado, mas real. O brasileiro é um ser que contribuí intensamente para a existência do