HOMEM CORDIAL, SERGIO BUARQUE

No livro “Raízes do Brasil” a grande questão que Sérgio Buarque de Holanda procura abordar é, o que é o brasileiro. No capitulo, “O homem cordial”, Sergio Buarque destaca a força da família na historia brasileira. Para ele, a força da família esta enraizada em nossos princípios de tal maneira que , na maioria das relações sociais, o brasileiro acaba se distanciando de todo tipo de relações onde prevalecem a competitividade e a impessoalidade. Como por exemplo, o aluno dedicado, que por mais que se submeta a uma vida regrada para os estudos, e consequentemente se destacando em sua classe com boas notas, perguntas inteligentes e disciplina. O único mérito que este recebe é o apelido de nerd e de metido por seus colegas de classe. Também podendo tomar como exemplo o professor que procura ter uma postura mais impessoal perante seus alunos, este é chamado de arrogante, antipático, chato etc. Portanto o brasileiro deseja estabelecer laços íntimos em relações que deveriam ser consideradas impessoais, onde não quer diferenciar o ambiente pessoal do impessoal. E acaba enxergando todos os ambientes públicos, apenas como uma extensão de seu ambiente familiar privado. É possível entender a dificuldade do brasileiro na relação publico x privado que é chamada de patrimonialismo, tomando como exemplo diversos contextos diferentes. Tais como, o motorista que estaciona seu carro na vaga para deficientes, o politico que se aproveita do seu cargo publico para atingir apenas seus interesses e deixando de cumprir suas obrigações publicas, também do aluno que deseja estabelecer uma relação cordial com seu professor afim de usufruir da autoridade e poder do professor para benefícios próprios ou de alguns funkeiros que residem nas periferias e usam as ruas para promover grandes festas denominadas de fluxo, onde são colocadas musicas em um volume muito alto, afim de ostentar seus carros e sons potentes. Utilizando as ruas, que nada mais são do que bens públicos e com isso