Fichamentp - o homem cordial - sérgio buarque
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FICHAMENTO DO CAPÍTULO O HOMEM CORDIAL DO LIVRO RAÍZES DO BRASIL – SÉRGIO BUARQUEBUARQUE, Sérgio. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras; 1995.
“O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o circulo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição.” (Página 141)
“Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o contemporâneo e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares, uma procissão de hipóstases, para falar como na filosofia alexandrina. A ordem familiar, em sua forma pura, é abolida por uma transcendência.” (Página 141)
“Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre um e outros e estimulou os antagonismos de classes.” (Página 142)
“Para o empregador moderno – assinala um sociólogo norte-americano – o empregado transforma-se em um simples número: a relação humana desapareceu.” (Página 142)
“Segundo alguns pedagogos e psicólogos de nossos dias, a educação familiar deve ser apenas uma espécie de propedêutica da vida na sociedade, fora da família.” (Página 143)
“Um dos seus adeptos chega a observar, por exemplo, que a obediência, um dos princípios básicos da velha educação, só deve ser estimulada na medida em que possa permitir uma adoção razoável de opiniões e regras que a própria criança reconheça como formuladas por adultos que tenham experiência nos terrenos sociais em que ela ingressa.” (Página 143)
“Entre nós, mesmo durante o império, já se tinham tornado manifestas as limitações que os vínculos familiares demasiado estreitos, e não raro opressivos, podem impor á vida ulterior dos