Historiografia Brasileira, Sergio Buarque - O homem Cordial
Uma nova visão da história
O texto apresentado no Capitulo três do Livro “A historia dos homens” inicia com uma pequena descrição sobre o “Humanismo Renascentista” e o quão confuso pode ser a identificação dos dois conceitos. Com a necessidade de definir o que entendemos por estas palavras. Durante o Renascimento cultural, artístico e científico que ocorreu na Itália, no século XIV, o Humanismo recebeu evidência entre os pensadores renascentistas, principalmente por se caracterizar como um movimento intelectual que voltou seus interesses para as obras filosóficas, literárias e científicas da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
O interesse pela Antiguidade Clássica não revelou uma vontade de retornar ao passado. Os homens medievais tinham a consciência de que viviam e tinham outros valores sociais e culturais, ou seja, eram homens diferentes dos homens da Antiguidade Clássica. A revalorização da ciência, da arte e da filosofia clássica era necessária para adaptá-las ao novo contexto histórico.
O Humanismo, como visto, foi a base teórica e filosófica do movimento renascentista, influenciando o Renascimento artístico, cultural e científico.
Em sentido mais amplo pode se buscar a origem do renascimento tão distante quanto queira, como é citado no texto, destacando o “Renascimento Carolíngio” sobre à ideia controversa, mas recorrente, de um renascimento da literatura e das artes que teria ocorrido principalmente no reinado de Carlos Magno.
Alguns veem o humanismo como um componente essencial das grades mudanças politicas e ideológicas no final da idade média e do começo da modernidade. O humanismo é ambas as coisas; nele, retórica e politica coexistem inseparavelmente, ainda que seja em proporções diversas.