O Faraó Revolucionário (AKHENATON)
Geyza Maria P.S. de Brito e Eric Sampaio.
Resumo: Durante o reinado do faraó Amenóphis IV, mais tarde autonomeado de Akhenaton, houve uma drástica mudança religiosa. Antes de seu reinado, o politeísmo imperava e tinha como representantes divinos os sacerdotes. Após assumir o trono, Amenóphis modifica tal concepção e inicia uma reforma religiosa em que propõe pela primeira vez na história egípcia: o monoteísmo.
Palavras-chave: Religião, Reforma, Reinado.
Amenóphis IV foi um revolucionário em diversos aspectos. Estudou para ser sacerdote, mas, devido à morte de seu irmão mais velho, o príncipe Tutmés, teve que assumir o trono e com apenas 15 anos, iniciou seu reinado. A civilização egípcia é reconhecida por ser o símbolo da sociedade sacral e, ser fundada em plena devoção religiosa, ou seja, a religião regia o pensamento da época e exercia extrema influência sobre os seus fiéis seguidores, incluindo todo o poderio. Devido à tal influência, os sacerdotes dos grandes templos possuíam imenso domínio sobre a vida política do povo egípcio e até mesmo sobre a do faraó, principalmente os sacerdotes do templo do Deus Amon ( o principal Deus da época). Com o objetivo de tirar o poder dos templos e concentrá-lo apenas nas mãos do faraó, a partir de seu governo, Amenóphis passou à decretar o monoteísmo como única opção de religião. “Ainda que suas ideias ultrapassassem as de sua época, não intimidou-se a afirma-las e pô-las em prática” (HELINE, 1954:19). Ele foi um vanguardista para seu tempo e inovou com tal pensamento, entretanto, não agradou nem um pouco ao povo egípcio. Ao instaurar a crença em um único Deus: Aton, Deus do Sol, Amenóphis se autoproclamou como único representante e mediador desta divindade, proibindo e recriminando o culto à outros Deuses e assim, coibindo o politeísmo.
“Vendo teus raios / as flores desabrocham / e se embriagam ao ver tua face / Os pássaros saem de seus ninhos / e suas asas, antes