Monolatria no egito
Carlos Eduardo da Costa Campos
Visamos aqui demonstrar que as práticas religiosas no Egito antigo durante o período do faraó Akhenaton (1350 e 1332 a.C) parecem sofrer alterações conceituais tendendo para uma visão de mundo monolátrico, na qual um único deus celestial é reconhecido e o casal real Akhenaton e Nefertiti assumem um caráter sagrado, assim passam a ser os interlocutores da vontade de Aton na terra. Através dessa análise podemos perceber o uso da religião para legitimar o poder do faraó. Além disso os estudiosos da atualidade realizam uma correlação do passado amarniano e das outras formas de religiosidade egípcia com os cultos e religiões monoteístas que ainda existem na atualidade.Os objetivos de nossa pesquisa são:1. Traçar a especificidade da monolatria de Akhenaton.2. Analisar a política diplomática do Faraó para impor sua reforma religiosa.3. Analisar a conjuntura que permitiu que a religião de Amarna encontrasse eco na sociedade egípcia.4. Propor uma concepção sobre as implicações da religiosidade na antiguidade e nos tempos atuais. Erik Hornung, em " Akhenaten and the Religion of Light " (1999), reconhece o período amarniano como "a mais excitante época na história egípcia," o que através da egiptomania serve de pano de fundo para novelas e filmes históricos. Vemos assim que,apesar de todo potencial que as informações decorrentes das pesquisas realizadas possam vir a trazer para a reconstrução histórica do Antigo Egito, é exatamente o"excitante" que vem à mente do pesquisador no momento de caracterizar essa época,despertando seu interesse, emoção, e estimulando o desenvolvimento de seus estudos.
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Aluno do bacharelado e licenciatura da Uerj em História. Pesquisador do NEA sendo orientado pela Profª Dª: Maria Regina Candido/ UERJ e com Co-orientador: Profº. Ms. JúlioCésar Mendonça Gralha/ UNICAMP
O eixo central de nossa pesquisa consiste no estudo sobre a religião de