novo Emperio do egito
Após o colapso da centralização do poder faraónico ao témlino da Sexta Dinastia, o Egito entrou em um período de distúrbios políticos e má sorte que duraria quase setecentos anos. Durante a maior parte desse tempo, a verdadeira autoridade esteve nas mãos dos governadores das províncias locais ou regionais, que ressuscitaram a velha rivalidade entre o Norte e o Sul. Muitas dinastias seguiram-se umas às outras em rápida sucessão, mas apenas duas, a Décima Primeira e a Décima Segunda, são dignas de nota. A última constitui o Médio Império (2134-1785 a.c.), quando vários reis competentes conseguiram reafirmar-se contra a nobreza provincial. Contudo, uma vez transgredido o fascínio da divindade do poder real, este nunca mais voltou a adquirir sua antiga vitalidade, e a autoridade dos faraós do Médio Império tendeu a ser pessoal, em vez de institucional. Logo após o encerramen· to da Décima Segunda Dinastia, o país enfraquecido foi invadido pelos hicsos, um povo asiático ocidental de origem um tanto misteriosa, que se apoderou da área do Delta e a dominou por cen· to e cinqüenta anos, até serem expulsos pelo principe de Tebas por volta de 1570 a.C. Os quinhentos anos que se seguiram à expul· são dos hicsos, compreendendo a Décima Oitava, Décima Nona e Vigésima Dinastias, representam a terceira Idade de Ouro do Egito. O país, mais uma vez unido sob reis fortes e capazes, ampliou suas fronteiras ao leste, até a Palestina e a Síria (daí esse período ser também conhecido como o Império). O período de apogeu do poder e prosperidade deu-se entre cerca de 1500 e o final do reinado de Ramsés III, em 1162 a.C. A arte do Novo Império abrange uma vasta gama de estilos e qualidade, de um rigoroso conservadorismo a uma brilhante criatividade, de uma ostentação despoticamente opressiva ao mais delicado requinte. Como a arte da Roma Imperial de mil e quinhentos anos mais tarde, é quase impossível fazer uma síntese em termos de uma