O estado liberal
O Estado era responsável por garantir o direito da propriedade privada assegurando a liberdade, para que todos pudessem desenvolver suas atividades econômicas, ou seja, o Estado não iria de fato intervir nas relações entre os indivíduos, mas iria garantir a segurança para que todos desenvolvessem as suas atividades. John Locke foi quem fixou as bases do Liberalismo Político, ele apoiava a tese de que nós seres humanos somos livres naturalmente. Na falta de governo, reinaria a liberdade. É o que caracteriza o chamado “estado da natureza”. Essa tese da liberdade natural sustenta-se no argumento de que ela não é um bem concedido pelo governo ou por uma autoridade política, ela é da nossa própria natureza, logo se passa a ser inseparável da condição humana. Locke mesmo a favor da tese da liberdade natural defendia também a presença de um governo, ele reconhecia que na ausência de um governo, a liberdade de alguns não fica protegida. Então, John defende a existência do governo, desde que ele tenha como principal finalidade a liberdade de todos. A idéia do liberalismo foi aprofundada também por Adam Smith, ele procurou mostrar que a riqueza das nações resultou da atuação do povo que, movidos apenas pelos seus próprios interesses, promoviam o crescimento econômico e também a inovação tecnológica.
“Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".
(SMITH, Adams. 1981)
Assim como ocorreu em Locke, o pensamento de Adam vai exigir uma reinterpretação das funções do Estado e da natureza humana