Estado LIberal
Nos primórdios do feudalismo, a terra, sozinha, constituía a medida da riqueza do homem. Com a expansão do comércio, surgiu um novo tipo de riqueza, - a riqueza em dinheiro. No início da era feudal, o dinheiro era inativo, fixo, móvel; agora tornara-se ativo, vivo, fluido.
No início da era feudal, os sacerdotes e guerreiros, proprietários de terras, se achavam num dos extremos da escala social, vivendo do trabalho dos servos, que se encontravam no outro extremo. Agora, um novo grupo surgia – a classe média, vivendo de uma forma nova, da compra e da venda. No período feudal, a posse da terra, a única fonte de riqueza, implicava o poder de governar para o clero e a nobreza. Agora, a posse do dinheiro, uma nova fonte de riqueza, trouxera consigo a partilha no governo, para a nascente classe média. As crescentes lutas que foram travadas entre a preservação dos privilégios dos senhores feudais e a possibilidade de expansão dos mercados trouxeram mais problemas para as populações da cidade do que para as classes dominantes. Sentiu-se então a necessidade da existência de um poder centralizado, capaz de organizar as estruturas sociais e econômicas, e restabelecer a paz e a segurança. Tem-se ai o nascimento do Estado absoluto A união entre o rei e os mercadores do país impulsionou as grandes descobertas de novas terras no século XV, período conhecido como "Revolução Comercial", expandindo os mercados, intensificando o comércio pelo mundo todo, alavancando a atividade econômica e produzindo grandes quantidades de lucro.
O acontecimento marcante para o posterior surgimento do pensamento liberal, deu-se através da Reforma Protestante, no início do século XVI, resultando no enfraquecimento do poder político da Igreja Católica, numa maior tolerância religiosa e numa nova mentalidade comercial cujo fundamento estava na importância da criação de riquezas individuais como uma dádiva a ser multiplicada.
O Estado Liberal pode ser considerado, de uma perspectiva