A relação entre Manacorda e Aranha
É certo que muito já se escreveu sobre historia da educação. Pretendo acrescentar alguns elementos nessa discussão, tentando mostrar que a pratica educacional é constante e que a educação escolar nasce não como valor social, mas como mecanismo de luta de classes ou, se quisermos outra categoria, ela se manifesta como mecanismo de manutenção das estruturas sociais. Sendo assim, a classe dominante se utiliza não só da educação informal, mas da instituição escolar para preparar seus quadros. Mesmo o advento da escola publica não é sinônimo de popularização da escola, mas de popularização da demanda por trabalhadores mais bem preparados para entender às necessidades da classe dominante. Esse processo pode ser bem observado no Fenômeno da criação da instituição escolar, e, mais tarde, na criação da instituição á qual denominamos de universidade, como espaço privilegiado para a reprodução de quadros que ensinarão aos posteriores como manter as estruturas sociais. Neste contexto vamos fazer uma relação entre Mario A. Manacorda e Maria Lucia Aranha dois grandes autores e pesquisadores da historia da educação. A produção teórica de Manacorda insere-se na denominada concepção dialética de pedagogia, sua obra representa para inúmeros educadores, uma fonte historiográfica reconhecidamente marxista. E isto porque seu trabalho de investigação , reflexão e busca de propostas pedagógicas – voltadas para os problemas educacionais da Itália e, consequentemente, da sociedade contemporânea -, ele adota como referencial teórico o pensamento de Marx, Engels e Gramsci. Manacorda assume como finalidade básica, a proposta de uma escola unitária que articule as relações entre a educação escolar e o trabalho produtivo. Já o texto de Maria Lucia de Arruda Aranha, intitulado “História e história da educação”, desenvolve uma reflexão sobre a docência e a pesquisa em história da educação, a autora fala sobre a história da história, em que a