Alusões ao etnocentrismo
Deus, tu que hás criado os camponeses para servirem aos cavalheiros e aos estudantes, que puseste em nós o ódio a eles, deixa-nos viver a expensas do seu trabalho, aproveitar de suas mulheres e matá-los por fim; pelo nosso senhor Baco, que bebe e levanta o seu copo, pelos séculos dos séculos, amém. (MESSER, 1933 apud PONCE, 1996, p.104).3
Neste artigo discorreremos algumas considerações a priori para qualificar a instituição escolar, como instituição da idade moderna, fruto da correlação histórica de forças, e assim, podermos delimitar se entre seus determinantes históricos estão os “germes” do Renascimento, da Reforma Protestante e da Contra-reforma Religiosa. Para tanto, empenhamos para o embasamento teórico-metodológico: a pesquisa bibliográfica de fontes; e as discussões afloradas em espaço acadêmico nos cursos de graduação em Pedagogia e de pós-graduação em Fundamentos da Educação na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Abstraindo a partir dos pressupostos de: (ALVES, 2001); (ARANHA, 1991); (LUZURIAGA, 2001); (MANACORDA; 2001); (PILETTI; 1987); (PONCE, 1996); (REALE , 1990). Tencionamos problematizar a ação histórica dos homens, suas aspirações educativas, desveladas a partir da apreensão de um contexto sócio-cultural que imbrica em si, a dissolução do modelo produtivo Feudal e a ascensão e consolidação do modelo produtivo Capitalista. Com a ênfase nos desdobramentos dos processos educativos, cultura, e economia também são eixos implicadores acentuados nesta percepção, que vislumbra contemplar a apreciação de um período histórico norteado pelos inúmeros embates travados entre o clero, a nobreza, e a emergente classe burguesa. Contudo, em precípuo momento na composição deste artigo, nos faz oportuno atentar aos preceitos que antecederam os movimentos sociais do