A beira do leito
O artigo trata do processo comunicativo de uma equipe multidisciplinar de saúde no atendimento aos pacientes que procuram o Pronto Atendimento Municipal de Santa Maria/RS. A pesquisa objetivou analisar a percepção da equipe em relação ao sistema e ao funcionamento da comunicação na instituição, ou seja, evidenciar os principais atributos que favorecem e dificultam a comunicação interpessoal entre a equipe de saúde e os pacientes. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado com dez questões, abertas e fechadas. A análise da comunicação organizacional sob a ótica da equipe de saúde aponta ser o nível interpessoal fundamental na articulação e mobilização de idéias e conhecimentos e no processo de ação e regulação mútua, no que tange a vivências de situações concretas e a soluções de problemas organizacionais.
Palavras-chave: comunicação, saúde, organização.
Introdução
O setor hospitalar caracteriza-se como parte integrante de um sistema coordenado de saúde. Sua essência está em conferir à sociedade assistências preventiva e curativa. Antecedente a essa distinção organizacional está seu caráter institucional. Ele o revela, devido ao seu atributo social, como um proveitoso centro de investigações dos processos comunicacionais, à medida que permite a análise do papel da comunicação organizacional na atuação das equipes multiprofissionais de saúde.
É imperativa a ampliação das discussões das interfaces da comunicação e da saúde, uma vez que a codificação do processo de comunicação interfere diretamente na recuperação do paciente, pois o serviço assistencial de saúde intenciona, através de atributos de eficiência e efetividade técnica, proporcionar um entendimento harmonioso entre ele e a equipe de enfermagem e de médicos e, conseqüentemente, um melhor atendimento. Em outras palavras, a efetividade da comunicação entre a equipe multiprofissional de saúde e o paciente hospitalar possibilita a melhora desse, a qual é alcançada por meio da