Bioética clínica: como praticá-la?
Antes de qualquer coisa é fundamental sabermos o conceito de Bioética.
Segundo o Programa Nacional de Bioética da Organização Pan-Americana de Saúde, no ano de 2001, “A Bioética é o uso criativo do diálogo para formular, articular e na medida do possível, resolver os dilemas que são propostos pela investigação e pela intervenção sobre a vida, sobre a saúde e sobre o meio ambiente”.
Com base nisso, abre-se uma lista grande de tópicos discutíveis sobre o assunto.
É da tradição médica a visita à beira do leito. O médico visita os pacientes pelos quais é responsável, os examina, conversa, estabelece condutas e prescreve. Diante disso todo conceito de ética deve ser aplicado, como por exemplo a discussão sobre a doença, realização de procedimentos, nunca devem ser tratados na frente do paciente porém, nas escolas de medicina, a visita à beira do leito com estudantes, médicos responsáveis e assistentes têm se mostrado muito resistentes e têm levantado muitas críticas pelo desrespeito.
Atualmente, as longas visitas à beira do leito têm sido trocadas por visitas rápidas e posterior discussão sobre a situação e cuidados a serem aplicados àquele paciente. Dessas reuniões resultam decisões clínicas baseadas no histórico de cada paciente, estado físico, palpação, percussão e exames complementares. Feito isso, dá-se a decisão clínica pelo médico, o diagnóstico e estabelecendo o tratamento e previsão do prognóstico do paciente de acordo com suas condições.
Sabemos que a regulação moral da ação do médico está contida nos códigos profissionais. O código de ética médica (CEM) procura refletir posições prevalentes e consensuais promovendo uma decisão que melhor atende os anseios e as necessidades dos doentes, dos médicos, das instituições e da sociedade.
Atualmente, com o avanço científico e tecnológico na área médica, além dos deveres e direitos, contidos nos códigos de ética médica, os Conselhos de Medicina procuram