O batismo do po de giz
Meu nome é Fabio , sou professor , trabalho numa empresa privada e também sou funcionário público lecionando matemática há mais ou menos 11 anos para o ensino médio no período noturno na cidade de Suzano.
Costumo dizer para meus alunos (ou prá quem pergunta), que eu iniciei minha “carreira artística” de professor um pouco por necessidade e mais por excesso de precaução.
Sempre trabalhando em empresa privada, por volta dos 40 e poucos anos, senti a necessidade de aumentar meus rendimentos e me precaver em caso de uma possível demissão que naquela época era feita aos “pacotes “, era muito comum se ouvir falar que determinada empresa ia “passar o facão”, usando o linguajar dos trabalhadores.
Tendo saído recentemente na época da faculdade como bacharel em administração de empresas, pensei que por força da minha idade eu teria alguma dificuldade de me recolocar no mercado de trabalho caso o “facão “me pegasse.
Então,resolvi fazer o curso de licenciatura, ou como chamaram naquela época, curso de formação especial de professores , o que me habilitaria a lecionar em escola pública.
Tive o incentivo da minha esposa,que já estava há muitos anos na carreira.
Como minha formação era em Administração,só pude optar pela área de exatas, que representava a maior carga horária por disciplina estudada na Universidade.
E lá fui eu, estudar numa faculdade localizada na Barra funda, todos os sábados e domingos, em período integral.
Durante 01 ano eu não pude ver a cor do dia aqui em Mogi das Cruzes nos finais de semana, pois pegava o trem na madrugada de sábado e só voltava altas horas da noite ,para fazer tudo outra vez no dia seguinte, domingo.
Mas foi um esforço que valeu a pena, comecei a me interessar pelo curso e pelas atividades que a gente desenvolvia em sala de aula,com disciplinas pedagógicas, específicas, história da educação,etc
Mesmo antes de concluir o curso, seguindo orientação dos professores