HERSKOVITS Melville
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INSO não prejudica o hojnem; sòmente quando as lutas so disfarçam com uma amizade superficial e se mantém um velho rancor, é perigoso qualquer intercâmbio de propriedade assim como aceitar qualquer gesto de
afeto”. 2?
Estes mecanismos socialmente sancionados, que permitem a libertação de inibições e a resolução de conflitos, são os meios pelos quais se con¬ segue em grau considerável a adaptação do indivíduo. São aspectos daqueles consensos de crença e de conduta que, como elementos da cul¬ tura, constituem o núcleo dentro do qual se desenvolvem as estruturas da personalidade dos indivíduos e em cujo seio devem funcionar.
V
O ProW ema do Relativismo Cultural
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25.
TODOS os povos formam juízos acêrca dos modos de vida diferentes dos
Quando se empreende o estudo sistemático, a comparação dá orl gem à classificação, e os especialistas traçaram muitos esquemas paru classificar os modos de vida. Emitiram-se juízos morais sôbre os prin cípios éticos que guiam a conduta e moldam os sistemas de valôres do diferentes povos. Organizaram-se suas estruturas económicas e políticas e suas crenças religiosas por ordem de complexidade, eficácia, desejablll dade. Avaliaram-se sua arte, música e formas literárias.
Tornou-se, entretanto, cada vez mais evidente, que as avaliações désso gênero subsistem ou se desmoronam com a aceitação ou não das pro missas de que derivam. Mas essa não é a única razão. Muitos dos cri térios em que se baseiam os juízos são incompatíveis, de modo quo uc¬ conclusões tiradas de uma definição do que é desejável não coincidiriam com as baseadas noutra formulação. Um exemplo simples esclarecerá o fato. Não existem muitos modos diferentes segundo os quais se possa estruturar a família primitiva. Um homem pode viver com uma mulher ou ter um certo número de esposas; uma mulher pode ter um certo
.número de maridos. Mas se avaliarmos essas formas do ponto de vista de como se desencumbem da função