A moral e o direito

A Moral e o Direito

Um dos temas mais interessantes dentro Filosofia Jurídica abrange a relação entre o direito e a moral, permitindo uma infinita discussão acerca do assunto.
Antes de mais nada vamos á definição de cada um:
Moral defini-se como o conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
Já o Direito vemos como ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade.
De fato estamos sempre cumprindo normas que visam regular nossa conduta perante a sociedade e a nós mesmos.
Veja que os conceitos são bem semelhantes ambos tratam-se de normas, regras a serem seguidas então qual seria a diferença. A diferença também esta bem clara na sua definição.
Enquanto as regras do direito têm caráter obrigatório, ou seja, quando descumpridas, dão origem a sanções para coagir os homens e evitar que tal conduta se repita; as regras da moral, quando descumpridas, geram um incomodo relativo a natureza íntima do indivíduo, ou seja, arrependimento, vergonha, e etc.
O tema normalmente é tratado de forma que se indique a experiência moral e a norma moral como anteriores, principalmente levando-se em conta o cronológico surgimento das regras de direito em relação às regras de moral.
No entanto não devemos confundir moral e direito pois nem tudo o que é moral é Direito, e nem tudo o que é Direito é moral'. É o caso do divórcio, do casamento homossexual onde há culturas e sociedades que ainda condenam apesar de serem direitos adquiridos. Temos ainda o incesto, que não é considerado crime mas é moralmente condenável;
Contudo o Direito se alimenta da moral, surge a partir dela, convive com ela e com ela troca conceitos e normas. Portanto, o Direito sem moral seria puro arbítrio, e não Direito. E a contrapartida a moral é o fim do Direito, levando-se em conta o surgimento cronológico das regras de direito em relação às regras de